Leia História da Filosofia, caro amigo, e você saberá de um desfile de filósofos que acabaram muito mal por seu amor à sabedoria. A verdade não é para os fracos acostumados com as ilusões sombrias da caverna descrita por Platão em seu mito. Algum companheiro seu de trevas libertar-se-a e ao voltar para chamar você, mas você ou outro colega seu resistirá à luminosa verdade do lado de fora da caverna.
Destinos tristes na aventura filosófica tiveram Sócrates, condenado à pena capital, logo ele, o fundador da tradição filosófica ocidental, por exigir de seus interlocutores a precisão do conceito e da definição ainda que lhes custasse dores de parto.
Platão foi vendido como escravo pelo tirano de Siracusa, pois o mestre queria que o mesmo implantasse o platonismo em seus domínios.
Aristóteles, simplesmente a Mente (nous) da Academia de seu mestre Platão, por discordar honestamente de Platão fora preterido como diretor da escola platônica, em prol de Espeusipo, após a morte de Platão. No final da vida o Filósofo (Aristóteles) acabou exilado de Atenas por questões políticas.
Na Idade Média mestres como Santo Tomás de Aquino ou o Beato João Duns Scotus pularam como cabritos, pois a universidade medieval dominada por arraceiros, carreiristas e militantes políticos os preteria por seus estilos de vida ascéticos, restritos e devotados até o fim ao conhecimento ad majorem Dei gloriam.
Enfim, caro leitor, se o que você quer é filosofar saiba que o esquema mundano será sempre o da caverna platônica que prilegia o comodismo de escravos desde que nasceram voltados para só verem sombras, jamais aquilo que seja a verdade das coisas. Tais tipos de gente sempre lutarão para conservarem seu status quo ignóbil e desprezarão você amante da luz.
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