Pesquisar este blog

Postagem em destaque

O que um filósofo estuda? | Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

Mostrando postagens com marcador mercado. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mercado. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Personagem João Pedro com consciência de classe e o mercado louco

Autoria: João Emiliano Martins Neto


João Pedro mostrando consciência de classe patronal


O mercado parece louco segundo a personagem João Pedro com consciência de classe e consciência de classe patronal no folhetim Renascer em refilmagem. O patrão José Inocêncio foi logo esnobando o filho enjeitado por ele mesmo, pois João não é o patrão, não é o dono das safras. Patrão burro, inconsciente, lacaio do mercado e da indústria que vende por uma ninharia a sua safra cacaueira a navios que vem d'África antes da safra sair, sua safra de cacau excelente vendido ao mesmo preço das safras com a praga de vassoura de bruxa que estragam nos armazéns, ficam mofadas tais safras péssimas concorrentes de José Inocêncio, segundo João Pedro, safra concorrente de "varredura" com baratas, plantada sem manejo, cheio de "veneno", João estaria referindo-se aos agrotóxicos e no primeiro capítulo do folhetim Inocêncio abria a luz do sol nas suas plantações para que banhasse os cacaus para combater a vassoura de bruxa.


Pelo jeito o mercado não é só louco e usurpador do trabalho dos proletários que é o caso do próprio João Pedro, apesar dele ser filho do patrão só que filho enjeitado que sempre trabalhou como tabaréu, o mercado também é caprichoso para com certos patrões também, os fazendeiros de cacau que segundo o que eu vejo na novela Renascer eles parecem estar fora de moda e José Inocêncio é o último dos coronéis do cacau. Pelo jeito, o caso da consciência de João Pedro, os trabalhadores são mais inteligentes do que os patrões para azar dos próprios patrões e de seus interesses.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Nazifascismo ou comunismo para além do xingamento

Autoria: João Emiliano Martins Neto


É comum na vida de relação em um diálogo rápido e espontâneo sobre Política o uso de certas palavras que, de fato, podem não apontar precisamente para a realidade, o equívoco pode ocorrer, nem sempre as situações são unívocas para que as palavras acertem-nas em cheio. O uso de palavras como nazifascismo e comunismo como xingamento é comum neste tempo em que a Política tornou-se drama existencial brasileiro e em outras partes do mundo, pelo menos para as classes sociais mais falantes da classe média para cima que são as classes sociais que tem algum tempo e possibilidade de saber do que está acontecendo no mundo.


Para além do mero xingamento de nazifascismo e comunismo por parte muitas vezes de grupos extremistas de direita e de esquerda, é possível saber com certeza quando certas práticas de direita ou de esquerda podem ser nazifascismo e comunismo? Segunda-feira, dia 17 de janeiro de 2022, o presidente Jair Messias Bolsonaro em uma entrevista que ele concedeu à uma rádio do Estado do Espírito Santo, à Rádio Viva FM, ele disse que os gays terão que acertar contas com Deus e que a Resolução 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que reconheceu a união homoafetiva no ano de 2013 teria "atacado o coração dos cristãos no Brasil".


Ora, tais palavras de Bolsonaro seriam nazifascistas? Talvez, já que ele falou de Deus, se o Estado brasileiro não fosse laico e o poder estivesse, lá na ponta ou talvez dizendo mais acertadamente na raiz e no coroamento, nas mãos dos padres ou de pastores protestantes, também poderia ser nas mãos de outros sacerdotes de outras religiões como o islamismo, o budismo ou o hinduísmo. Teríamos uma noção de hierarquia de origem divina férrea e imutável, uma opressão sem fim com uma injustiça sem fim, não que a homossexualidade não seja em si uma desordem e que a sabedoria milenar e perene da maioria das grandes religiões tradicionais do mundo não a condenem, porém, antes haver um alguma afeição entre duas pessoas ainda que do mesmo sexo do que brigas e uma desordem maior social como ocorrem em casais heterossexuais naturais que traem a própria vocação.


Mas, o nazifascismo de Bolsonaro é o que já explicou o filósofo Paulo Ghiraldelli Júnior, é um nazifascismo subjetivo que não se espraia como uma política de Estado, apesar de pela força do Estado, Bolsonaro já ter vetado patrocínio e propaganda da cultura LGBTQIA+ em seu governo, por exemplo, certa feita para o Banco do Brasil. E um nazifascismo que ele traz no coração que prefere, por exemplo, como dito, condenar gays ao inferno do que não admitir a sua péssima gestão da pandemia ou sindemia de Covid-19 quando certa vez, perguntado sobre as mortes por Covid, ele deu de ombros dizendo não ser coveiro. Ou ele não vê o crime maior contra a humanidade que é a violência contra os gays que ocorre na sociedade, também em alguma medida causada pelos próprios gays nos bas-fonds das grandes capitais brasileiras, lugares perigosos onde os gays vão se encontrar, eu mesmo que sou homossexual já fui parar nesses lugares perigosos em busca de sexo gratuito e fácil e já deparei-me com muita degradação humana.


É comunismo uma medida mais à esquerda de se taxar lucros e dividendos? Será comunismo quando algum governante de esquerda começar a taxar o mercado financeiro que destrói a indústria, torna o Brasil em um fazendão para o mundo com seu capital fictício onde a produção de mercadorias cai e, enfim, estabelece-se a usurária produção de dinheiro através de dinheiro da agiotagem oficial dos bancos ou, na minha opinião, também do PIX, das FINTECHs e das cibermoedas? É comunismo uma política de igualdade sexual no trabalho, apesar do homem ser mais forte do que a mulher e não engravidar enquanto está nos melhores anos produtivos de vida de trabalho, junto com a combate à uma injusta homofobia e transfobia? Combater tais injustiças é comunismo? Que seja, ainda que com os excessos à esquerda, os comunistas querem um mundo mais igual, de irmãos, "os comunistas são os que pensam como os cristãos", já dizia o Santo Padre Francisco.


Para que não haja xingamento no rótulo ideológico que cada um queira dar ao seu oponente político é preciso ter uma noção concreta de que ao seu oponente corresponde, realmente, àquele rótulo que se presuma que a ele caiba. Mas, uma coisa a mim parece certa, os rótulos à esquerda são os menos odiosos por não tornar ninguém em opressor, juiz até mesmo implacável do seu irmão conforme mais se caminha à direita do espectro político.

terça-feira, 9 de março de 2021

A realidade

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 


Acabei de assistir no excelente canal da esquerda reflexiva, que pensa, que é inteligente, se é que isso é possível na esquerda, que é o canal no YouTube do professor filósofo Doutor Paulo Ghiraldelli Júnior. Acabei de saber lá que os analistas de mercado não se espelham na realidade, mas em boatos ou em alguém espertão que lança uma mentira para manipular os outros. As ações na bolsa caíram de ontem para hoje, dia 9 de março de 2021, festa de Santa Francisca Romana, por causa do anúncio de que Luiz Inácio Lula da Silva foi inocentado das acusações que pesavam contra ele fruto da Operação Lava-Jato e que tornou-se elegível para 2022. 


A falta de conhecimento histórico e o mero preconceito de que a esquerda é contra os ricos, contra o mercado não deixam ver o real, ensina e lembra Paulo Ghiraldelli, que Lula teve em seu governo um homem do mercado como Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e ainda que o mercado nunca ganhou tanto qual na era Lula, apesar de Lula ter mitigado a barbárie neoliberal.


Eis a realidade.

Highlights

Outros sites relevantes