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Prezado irmão em Cristo
XXXXX XXXXXXX
Graça e Paz
Normalmente não tenho condições de elaborar uma resposta a todos os emails que
recebo, mas o seu me chamou atenção, pelo seu esforço e cordialidade, e
por isso, encontrei uma maneira de respondê-lo. Farei colocações no seu
próprio email em resposta às suas demandas.
Prezado irmão em Cristo
Reverendo Leandro Lima,
Graça e paz.
Duas
coisas ficaram notórias para mim: seu conhecimento e sua simplicidade,
por estas razões tomei a liberdade de escrever-lhe, caso não possa
responder-me, entenderei pois sei que o Sr. deve ser um Pastor muito
requisitado.
A
simplicidade precisa ser resultado da auto-compreensão, até porque
sempre é inútil tentar disfarçar a falta de conhecimento com estilo
suntuoso de escrever e, ou, falar. Em mim, isso não é mérito, é
necessidade.
Sobre
sua participação no programa que versou sobre a árvore do Bem e do Mal
houve uma concordância entre o Senhor e o outro pastor de que Adão tinha
o livre-arbítrio, e o senhor comentou que após a queda o homem perdeu a
capacidade de escolha em relação às coisas de Deus, mas no capítulo 4
de Gênesis nos versos de 1 a 7 a palavra do SENHOR mostra justamente o
contrário, o dialogo de Deus com Caim deixa claro Deus colocando diante
de Caim a escolha de fazer o certo para aceitação e o errado para a
condenação. A escolha errada o levaria ao pecado e conseqüentemente à
morte, o que o levaria a perda da vida eterna.
Uma
coisa não elimina a outra. O fato de não termos "livre-arbítrio" não
significa que não somos responsáveis por nossos atos. Aqui, na verdade,
já está o cerne de todo o problema e da dificuldade que os arminianos
têm em entender o calvinismo, pois geralmente confundem "calvinismo" com
"hiper-calvinismo". O calvinismo não é fatalista, não vê Deus como o
autor do mal, nem faz do ser humano uma máquina programada para pecar. O
calvinismo tenta fazer justiça à Bíblia como um todo. E a Bíblia mostra
duas verdades complementares: Deus é soberano e decretou todas as ações
dos homens, porém, ao mesmo tempo, decretou que o homem é livre e
responsável por seus atos. Isso é muito difícil de ser aceito por
pessoas racionalistas. Tanto os arminianos quanto os hiper-calvinistas
são racionalistas. Eles pensam assim: "só pode haver uma verdade, então,
ou Deus decretou todas as coisas ou o homem é livre". Com base nesse
pensamento racionalista, os arminianos ficam com a última e os
hiper-calvinistas com a primeira. Mas ambos decepam a Bíblia.
Os
calvinistas não concordam com o livre-arbítrio que é uma capacidade de
agir de maneira contrária à sua própria natureza. Pessoas que estão
“mortas em seus delitos e pecados” (Ef 2.1), de fato só conseguiriam
mudar a situação, como disse Jeremias, no dia em que o etíope mudasse
sua cor ou o leopardo eliminasse suas manchas (Jr 13.23). No entanto, os
calvinistas entendem que o homem é livre para agir dentro dos limites
de sua própria natureza decaída.
Quanto a
Caim, ele já nasceu sem a vida eterna. Já nasceu condenado à morte.
Romanos 5.12 diz: "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram". Esse homem, como mostra o verso 14 era
Adão, o pai de Caim. Logo, quando Caim nasceu, o pecado e a condenação à
morte já haviam entrado no mundo. Note que o verso não diz que e o
pecado e a morte passou apenas para alguns homens, mas a todos os
homens.
No
verso 7 o SENHOR fala do domínio do homem sobre o pecado, isto esta em
nossas mãos. Ora se temos domínio sobre o pecado, não podemos estar
totalmente caídos., mas não tenho problema com a queda total do homem,
logo a frente falaremos dela.
O texto
citado não fala do "domínio" do homem sobre o pecado, mas da
"responsabilidade" do homem em dominá-lo. A soberania de Deus não
elimina a responsabilidade humana.
Concordamos que tudo começou com DEUS e começou antes da fundação do mundo. Com relação ao homem podemos dizer que:
a) Deus criou todos os homens já com sua história pronta;
b) Deus criou o homem com processo de livre escolha;
c) Deus criou homens para honra e desonra;
Se
Deus criou todos com sua história já definidas, Judas não seria um
traidor, pois estaria cumprindo apenas o papel que lhe foi determinado
na história. O mal não teria entrado no mundo por satanás, mas pelo
próprio Deus.
Veja
que essa é uma dedução "racional" sua. Você eleva sua razão acima da
Bíblia. Agora veja o que o próprio Cristo disse a respeito do ato de
Judas: "Todavia, a mão do traidor está comigo à mesa. Porque o Filho do
Homem, na verdade, vai segundo o que está determinado, mas ai daquele
por intermédio de quem ele está sendo traído!" (Lc 22.21-22). O Senhor
sabia exatamente quem era o traidor. Disse que ele estava à mesa. E
disse algo ainda mais impressionante: tudo estava determinado. Sim, meu
caro irmão, o pecado do traidor estava determinado! Mas isso tornava o
traidor desculpável? Um mero homem fazendo uso de sua limitada razão
sempre achará que sim! Mas Jesus diz que não! Isso não o torna
desculpável. O "ai" de Jesus direcionado a Judas não deixa dúvidas
disso. Porém, Judas estava destinado à perdição, e Jesus disse isso
noutro texto: "Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que
me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da
perdição, para que se cumprisse a Escritura" (Jo 17.12). Nesse texto,
Jesus chama Judas de o "filho da perdição" e disse que não "guardou"
Judas do pecado para que se cumprisse a Escritura.
Se
Deus criou homens para honra e desonra Deus seria um ser extremamente
cruel, pois ELE estaria trazendo a existência pessoas más, totalmente
ruins, ou estaria trazendo ao mundo pessoas que jamais teriam a chance
de salvação, mesmo não sendo boas e nem más.
Novamente,
seu argumento é meramente humanista, baseado num raciocínio
anti-bíblico. Veja o que a Bíblia diz com todas a letras sobre esse
ponto: "Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a
palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a
vida eterna" (At 14.48).
Mas, a
principal passagem, nesse sentido, está em Romanos 9, e agora terei que
mencioná-la com alguns detalhes, pois curiosamente, os questionamentos
que você levanta são exatamente aqueles que Paulo previu que as pessoas
levantariam quando lessem o que ele escreveu. Explicando a razão pela
qual nem todos os judeus creram no Messias, apesar de serem filhos de
Abraão, Paulo revela um dado extraordinário a respeito do modo de agir
de Deus. Uma coisa os judeus tinham muito claro para si: eles eram o
povo escolhido. Isso era evidente, pois dentre todas as nações do AT,
apenas Israel foi beneficiada com a Revelação de Deus e a Aliança. E
Israel não fez nada para merecer isso, Deus simplesmente chamou um homem
de Ur dos Caldeus, e disse que dele faria uma grande nação (Gn 12.1-2).
Por mais que Israel tivesse a tendência de se achar especial por algum
valor inerente, Deus fazia questão de lhes lembrar algo essencial: "Não
vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais
numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos,
mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a
vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa
da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.7-8).
Pois
bem, fica evidente que o amor incondicional de Deus pela nação de Israel
era algo que partia do próprio Deus. No entanto, os judeus pensavam que
isso se aplicava "a todos os judeus". É aí que Paulo começa a mostrar
algo diferente. Ele revela a ignorada verdade de que nem todos os
descendentes de Abraão foram "amados" por Deus, nem fizeram parte do
"povo escolhido". O primeiro rejeitado foi Ismael, filho de Abraão com a
escrava. Porém, nesse caso, os judeus diriam: "não era um filho
legítimo!". Então, Paulo mostra um caso mais contundente: Esaú e Jacó.
Veja as palavras de Paulo: "E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem
tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à
eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora
dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito:
Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú" (Rm 9.11-13). Antes de os gêmeos
nascerem seus destinos estavam traçados. Como é que alguém pode negar
isso lendo esse texto? Agora veja: qual é a razão da escolha divina em
relação à Jacó? Algum bem inerente nele? Óbvio que não. Jacó foi um
pecador igual ou pior do que Esaú. A razão divina é seu inexplicável
amor. E note que a respeito de Esaú ele diz que o "odiou". Sim, pois a
tradução literal do texto não é "aborreci", mas "odiei".
É evidente que para homens dominados pelo pensamento
humanista-racionalista, este tipo de declaração é inaceitável. A
primeira coisa que imaginam é que Deus seja, como você dirá abaixo, um
DEUS ABOMINÁVEL, um Deus injusto. Mas Paulo já previu este tipo de
reação. Veja o que ele diz em seguida: "Que diremos, pois? Há injustiça
da parte de Deus?" (Rm 9.14). Curioso, não? Paulo sabia muito bem das
implicações daquilo que estava escrevendo. Sabia que os homens veriam
isso como algo injusto da parte de Deus. Porém, qual é a resposta de
Paulo? É um contundente "de modo nenhum!". E qual é a explicação paulina
para justificar esse "de modo nenhum"? É a misericórdia de Deus: "Pois
ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter
misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.
Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus
a sua misericórdia. Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te
levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja
anunciado por toda a terra. Logo, tem ele misericórdia de quem quer e
também endurece a quem lhe apraz" (Rm 9.15-18). Ou seja, todos os homens
são pecadores, e, por conseguinte, condenados. Quando Deus salva
alguém, ele está apenas usando sua misericórdia com essa pessoa. Quando
ele deixa de salvar alguém, está apenas usando sua justiça. Ele poderia
deixar todos se perderem, mas escolheu salvar alguns por misericórdia.
Isso não o torna injusto, antes o torna misericordioso. Isso é o que a
Bíblia diz! Eu sei que é difícil para nós aceitarmos algo assim, mas é o
que a Bíblia diz!
No
entanto, mais uma vez Paulo está consciente de que suas palavras serão
recebidas com animosidade: "Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele
ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade?" (Rm 9.19). Sim, esse é o
pensamento comum: "Então, toda a culpa deve ser atribuída a Deus!
Então, Deus é um falsário, pois manda que se pregue o Evangelho a toda
criatura, no entanto, salvará apenas os eleitos!". Nesse ponto, parece
que Paulo perdeu a paciência com seu "oponente invisível". E atalha:
"Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o
objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o
oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para
honra e outro, para desonra? Que diremos, pois, se Deus, querendo
mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita
longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que
também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de
misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a
quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os
gentios?" (Rm 9.20-24). Aí está meu irmão, aquilo que você mais teme. No
entanto, o Apóstolo Paulo não teve receio de expor. Sim, Deus é o
soberano, e isso significa que, por misericórdia, de uma mesma "massa
pecadora", Deus predestinou vasos de honra. E por outro lado, da mesma
"massa decaída" ele preordenou vasos de desonra, no sentido de que os
"preteriu", os abandonou aos seus próprios pecados.
Se Deus
criou o homem com direito a escolha, vocês reformados acreditam que a
soberania de Deus fica abalada, e para não abalar a soberania de Deus,
você criaram um tirano chamado JEOVÁ. Um DEUS ABOMINÁVEL , um DEUS cruel
que diz: “VINDE A MIM VOS QUE ESTAI CANSADOS...” apenas frases vazias e
de efeito, pois um DEUS que pensa que já que são todos pecadores o que
eu salvar é lucro.
Essa
visão tacanha de Deus está muito longe da visão exposta no texto acima.
Mais uma vez é um pensamento guiado pelo racionalismo, sem fundamento
bíblico.
Imagine
reverendo, DEUS concede ao senhor o direito de salvar uma pessoa, já
que todos são pecadores e lhe dá 3 opções: ou você salva sua esposa, ou
você salva seu filho, ou você salva sua mãe. Se você que é um trapo de
imundice pediria misericórdia a DEUS que tirasse esta responsabilidade
de você, imagina DEUS escolhendo aleatoriamente pessoas para a vida
eterna e pessoas para a segunda morte.
Reverendo
sei que não estou sendo original, mas pense num jogo de xadrez entre as
duas maiores autoridades mundiais em xadrez. O primeiro jogador pensa:
posso mexer com meu peão, ou que sabe com minha torre, mas se eu mover
meu peão para a casa 5 ele pode mover sua dama para casa 8 e eu ficaria
sem jogada e seria um cheque-mate.
Exemplos interessantes, porém não bíblicos.
Reverendo
Deus não tem que predestinar minha pessoa, isto seria muito simples e
fácil para ELE. Ele pode e predestina todas as minhas ações, todas as
minhas escolhas, todas as direção que eu tomar, nada pega DEUS
desprevenido pois ELE sabe tudo, controla tudo, mesmo nós fazendo
milhares e milhares de escolhas erradas simultaneamente ELE tem o
controle de tudo. Nós escolhas não afetam a soberania de DEUS porque não
existe a menor possibilidade disto acontecer. Pensar que DEUS não é
soberano é uma tremenda infantilidade, soberania de DEUS não é coisa a
ser discutida, o que deve ser objeto não de discussão, mas de estudo é
como ele consegue controlar tudo ao mesmo tempo.
Opa,
nesse ponto concordamos. E se você se lembrar que a Bíblia ensina as
duas coisas simultaneamente, provavelmente se tornará um calvinista.
Deus
atua até mesmo nos atos maus dos próprios homens maus. Quando vemos o
que a Bíblia fala sobre o caso de Nabucodonozor, o ímpio rei da
Babilônia, percebemos que a soberania divina não tem limites.
Nabucodonozor invadiu Judá e cometeu todo tipo de atrocidades, porém, a
Bíblia diz que Deus é quem o trouxe e determinou que fizesse aquilo (Jr
25.9-11). Nabucodonozor agiu em conformidade com sua iniquidade, ele
queria saciar sua sede de conquistas, entretanto, Deus determinou que
aquilo acontecesse, usando Babilônia, império de Nabucodonozor, segundo
seus propósitos. Deus declarou a respeito de Babilônia: “Tu, Babilônia,
eras meu martelo e minhas armas de guerra; por meio de ti, despedacei
nações e destruí reis; por meio de ti, despedacei o cavalo e o seu
cavaleiro; despedacei o carro e o seu cocheiro; por meio de ti,
despedacei o homem e a mulher, despedacei o velho e o moço, despedacei o
jovem e a virgem; por meio de ti, despedacei o pastor e o seu rebanho,
despedacei o lavrador e a sua junta de bois, despedacei governadores e
vice-reis” (Jr 51.20-23). Deus disse que ele fez toda aquela destruição,
porém, Babilônia pagaria, pois havia agido conforme ela própria
desejava: “Pagarei, ante os vossos próprios olhos, à Babilônia e a todos
os moradores da Caldéia toda a maldade que fizeram em Sião, diz o
Senhor” (Jr 51.24). Babilônia agiu conforme sua cobiça e deu vazão à sua
própria maldade, entretanto, em última análise, agiu como Deus havia
determinado. Ao mesmo tempo, Babilônia e seu imperador seriam castigados
por Deus por causa disto.
Muitos
outros casos podem ser considerados , como por exemplo, o caso de
Jeroboão (1Rs 14.10; 15.27-30); de Roboão (1Rs 12.13-15; 22-24); do rei
da Assíria (Is 10.5-15); de Absalão (2Sm 16.20-23; 12.11-12; 17.14) e de
tantos outros que demonstram o mesmo que aconteceu com Nabucodonozor.
Em todos eles, os homens ímpios agiram conforme seus desejos pecaminosos
e são culpados por isto, porém, ao agir daquela forma, estavam fazendo o
que a vontade decretiva de Deus havia determinado, pois estavam
cumprindo propósitos divinos. Isso nos leva a entender que tudo o que
acontece nesse mundo, acontece debaixo do olhar e do comando eficaz de
Deus. Nada foge ao controle divino, porém, tudo o que o homem faz, faz
de acordo com sua própria vontade. É claro que a "mera razão" jamais
aceitará isso. Mas não somos salvos pela razão. Somos salvos pela fé.
Resta, portanto, aceitar pela fé que de fato é assim, ainda que não
possamos conciliar tudo em nossas mentes. Precisamos aceitar porque esse
é o ensino bíblico, e a Bíblia é a verdade.
Reverendo
DEUS controla um universo que seria caótico se não fosse pela força do
seu poder, existem mais estrelas sobre nossas cabeças do que todos os
grãos de areia das praias e dos desertos deste planeta, existe um Sol
3000 vezes maior que o nosso, existem bilhões de galáxias no universo, e
vocês, reformados, ainda pensam que uma simples tomada de decisão do
homem afeta a soberania de DEUS.
Foi o
próprio Cristo quem disse que até os "cabelos de nossa cabeça estão
contados" e que não cai um pardal em terra sem o sentimento de nosso
Senhor (Mt 10.29-30). Controlar apenas as grandes coisas, mas deixar as
pequenas correrem soltas elimina completamente a soberania.
Contra
a queda do homem o gatilhos já foi armado é graça da salvação que há de
manifestar-se a todos(Tito 2.11). Logo a morte de cruz foi 100% de
aproveitamento, pois ela foi a graça que se manifestou a todos, ou
melhor para todos, mas cada um que faça sua escolha.
O anúncio do Evangelho a toda criatura não contraria a eleição.
Somos
únicos pastor, fomos criados com arcada dentária diferenciada, Iris
diferenciada, digitais diferenciadas, DNA diferenciados, dá pra perceber
que não fomos feitos em série, não somos produtos de um linha de
montagem, não somos robôs, mas cada um com sua individualidade.
Concordo.
E isso não invalida a eleição, a soberania de Deus ou a liberdade
humana. Porém, nas entrelinhas, provavelmente você revelou a causa do
erro de seu pensamento: o humanismo. A vontade do homem de ser “único”,
“especial”, “fora de série” é a razão de sua queda, de seu antagonismo
em relação a Deus. É uma recusa em atribuir a Deus o valor e o louvor
que lhe é de direito, e, de certo modo, ficar com isso para si mesmo.
Sabe meu irmão, você poderá passar a vida inteira discutindo com Deus,
negando o direito dele de escolha, mas só perderá tempo com isso, e
acumulará sofrimento para sua vida. Veja como Paulo, no final de toda
essa seção sobre a predestinação, conclui seu pensamento no final do
capítulo 11: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do
conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão
inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor?
Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe
venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são
todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm
11.33-36). Percebe? Há um caminho melhor do que o de amargurar a alma
por causa dos questionamentos humanistas, é se render à gloriosa
soberania de Deus e louvá-lo por tudo o que ele é e tem feito, ainda que
tudo isso esteja muito acima de nossa capacidade de compreender.
Faça suas releituras da Bíblia não na ótica de Calvino ou de Agostinho, ou de Armínio, Pelágio ou qualquer outro teólogo.
Obrigado
pelo Conselho. Vou continuar fazendo isso e permitindo que a Bíblia
continue reformando meu modo de pensar. Mas acredito que o irmão também
precise fazer isso, até porque seus argumentos acima foram reduzidamente
bíblicos, muito mais fruto de um racionalismo humanista.
Eles
tinha menos recursos do que nós numa teologia sistemática temos muito
mais agrupamentos para estudar do que tinha Agostinho e Calvino.
Isso, em respeito ao irmão, prefiro não comentar.
A PAZ de CRISTO.
XXXXX XXXXXXX.
A paz.
Leandro.