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O que um filósofo estuda? | Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Política e burrice

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

A Política, pelo menos a moderna, teria tudo a ver com a burrice. Mas, talvez já era assim desde a Antiguidade com um Sócrates vitimado pela democracia ateniense que ele questionava, porque, por exemplo, colocava como mera questão de sorteio que qualquer um Zé mané incompetente, ainda que de uma elite, pudesse tomar temíveis decisões sobre o destino da pólis ao contrário do melhor alfaiate ou o melhor piloto de embarcações que são sempre os escolhidos, respectivamente, para a confecção de roupas ou de meios transportes aquáticos, eram exemplos práticos, segundo a sabedoria prática dados por Sócrates.

 

A democracia moderna atual é mais ampla que a ateniense que só permitia que os nativos de Atenas, homens, livres, nascido de pai e mãe atenienses e maiores de 18 anos, pudessem participar das assembleias, pudessem votar e serem votados que era o caso de Sócrates.

 

A Política moderna é sistematicamente uma questão de poder e de narrativas, discursos hipnóticos, sofísticos e retóricos para a conquista, manutenção e expansão do poder, tal coisa já ocorria em Atenas com os sofistas, isso já desde um Nicolau Maquiavel para quem a autoridade da Bíblia Sagrada, da Igreja Católica e a busca por uma sociedade ideal, utópica, perdeu-se, ainda que com a sociedade do comunismo marxista tenha-se em mente uma utopia, no entanto, tal sociedade é herdeira da concepção moderna de política.


Eu acho que somente na época de ouro, o Século de Ouro na Espanha, dos anos de 1550 a 1650 é que houve uma forma de Política que resultasse em um florescimento cultural fecundo e interessante, porque, apesar da lavagem cerebral e censura, opressão imposta pelos Habsburgo, pelo menos a matriz era sã, o cristianismo medieval que é o católico romano, não se tratava do paganismo da época de Sócrates e nem do pós-cristianismo apóstata moderno. Contudo, com todos os seus erros a filosofia de um Baruch de Espinosa surgiu em tal época opressiva, entretanto, de ouro, e, aliás, por tais motivos surgiu o espinosismo.


Na modernidade antropocêntrica, naturalista, materialista, ateia, nominalista onde não há mais a possibilidade do homem para uma reflexão, abstração rumo ao universal e ao mais real, seja à direita com o liberalismo capitalista em sua voragem de acumulação do capital gerando capital, dinheiro que gera dinheiro, seja à esquerda com o seu materialismo onde as ideias mais altas de justiça, verdade e virtude seriam o produto do modo de produção de cada sociedade em cada época, a melhor coisa para quem pensa, medita, para quem é inteligente querendo fugir da relação moderna umbilical que há entre Política e burrice, que tal pessoa diga, "si hay gobierno soy contra."

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Pequenina nota para uma autobiografia

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Eu e a Virgem

Eu que sempre fui muito burrinho e ingênuo, além de eu ter sofrido durante anos de uma doença mental da mais alta gravidade que obliterava o meu entendimento, é melhor que eu seja crente, que eu conte com a Fé, porque já que eu sempre vivi muito imerso em minhas próprias trevas interiores, devido à minha obstusidade e para piorar devido à minha debilidade mental, sem poder contar com uma luz da razão poderosa, pelo menos a Fé seria uma forma de eu contar com outro, no caso Deus e a Igreja Católica, outro que não seja eu mesmo, pobre de mim mesmo, burro como uma porta e ainda também paciente psiquiátrico. Na história da Igreja e do cristianismo muitos grandes e verdadeiros santos eram burros, eram gente muito simplória.

domingo, 5 de setembro de 2021

No tempo do aggiornamento: o Papa São Paulo VI e seus súditos burros

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Eu tenho em minha biblioteca pessoal o chamado Compêndio do Concílio Vaticano II que é a coleção em um livro contendo todos os documentos que formam o que foi decidido nesse Sagrado Sínodo da Santa Igreja que ocorreu dos anos de 1962 a 1965 em suas constituições como a constituição pastoral Gaudium et Spes ou as dogmáticas Lumen Gentium e a Dei Verbum, além da Sacrossantum Concilium e outros documentos que disciplinam os bispos, os padres ou presbíteros e a Igreja no oriente, além do ensino católico nos seminários, a Optatam Totius.


Em uma das orelhas deste livro, segundo a edição que eu tenho, há um texto do Papa São Paulo VI onde o nosso pai sagrado, doutor e mestre universal diz que aqueles que querem apegar-se aos costumes e ensinamentos antigos não seriam dos católicos os mais inteligentes, logo, seriam burros, seriam súditos burros do Papa. Eu acho que é Theodor Adorno da Escola de Frankfurt quem diz que a direita tem uma cicatriz e tal cicatriz é a burrice.


A burrice da direita ou dos apegados a costumes e ensinamentos antigos eu acho que é aquilo que diz o grande filósofo Paulo Ghiraldelli Júnior, é que a direita, o conservador, precisa manter a sua posição, ele empaca no meio do caminho, estanca o fluxo do pensar como a mula ou o burrinho, então, ele não pode pensar, porque o pensar é um movimento, é um devir, é um sair da zona de conforto e conformismo.


Mas, é claro que o pensamento encontra o seu sentido, substância, o que o desperta e o ilumina, o que o mobiliza a entrar em ação cogitante que é a verdade do real que pretende-se, por fim, contemplar e, então, conformar-se à tal verdade. Desde que se aja com sinceridade na busca de tal verdade, pensando, e depois de encontrá-la dizê-la evidentemente que tal atitude não será a da mera obediência do burro, do jumento que é o símbolo da obediência.


Um esquerdista revoltado, porque assumidamente rebelde como Paulo Ghiraldelli não aceitará a verdade do real, pois para ele a realidade é alguma coisa de um reizinho e o esquerdista em seu complexo de Édipo quer ser ele o rei do mundo, o mundo vai mal, porque não é ele que está mandando. O esquerdista acha que é a sua lei é que boa, perfeita e agradável e não a lei de Deus, o verdadeiro Monarca, como dele dizia o filósofo alemão Leibniz.


Então, no final das contas quem é burro, a direita ou a esquerda? Depende, há excessos de ambos os lados e eu fico com o discernimento do próprio e de ninguém menos que do Papa São Paulo VI de dizer que não são inteligentes os que ficam com os costumes de antes do Concílio Vaticano II. O Papa precisa de súditos inteligentes e na Santa Igreja do tempo do aggiornamento são inteligentes os que sentem com a Igreja renovada pelo Vaticano II que tenta não ser uma instituição do passado, porque pelo menos os homens do passado tem a desculpa de não saberem o que sabemos hoje com todo o progresso feito pela humanidade até aos dias de hoje para contemplar melhor a beleza da verdade nova e antiga do evangelho.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

A inteligência cristã

Autoria: João Emiliano Martins Neto

Resumo: Em que consiste a inteligência ou gênio cristão já presente em todo homem razoável e de boa vontade, mas sobretudo no homem de Fé.

A inteligência ou gênio cristão consiste na consciência humana ser poderosamente e especialmente iluminada pela luz da fé, pela luz da fé em Jesus, pela luz da fé no acontecimento de um encontro do homem com um outro homem, mas um homem especial, Jesus Cristo, o homem-Deus ou o homem divinizado. Ordinariamente pode todo homem são e com seus afetos e consciência retamente ordenados mesmo que apenas naturalmente pela luz da razão natural pode esse homem ter algum vislumbre da consciência máxima de si mesmo e de Deus que é a mesma Verdade que é dada ao homem na revelação cristã e católica romana. Cristo é a imagem do homem corrigido em seus rumos que o levavam para a mentira, a escuridão e a morte.

Deus é o Criador de céu e terra, Deus é trino e uno no Pai, no Filho e no Espírito Santo, Sua alma será julgada por Deus por causa do que fez por meio do corpo, isto é, em sua fidelidade maior ou menor ao Amor, no juízo particular e será julgada no dia do Juízo Final que é o juízo geral que um dia ocorrerá quando da segunda vinda de Jesus Cristo quando os mortos ressuscitarão, sejam mortos fiéis ou infiéis e serão, mortos e pessoas vivas à época do Juízo serão julgados pelo Cristo Juiz. Tal conhecimento ficou velado por milênios mesmo aos homens mais santos e justos israelitas como os profetas ou mesmo ficou velado aos homens mais sábios da antiguidade pagã, mas foi revelado por Jesus Cristo, a derradeira e máxima manifestação de Deus à humanidade para dar a humanidade a visão clara e ampla da Verdade, que é Deus, a inteligência cristã.

O homem pode cultivar tal inteligência cristã, com a ajuda indispensável da graça de Deus, na pureza e castidade, isto é, por um coração indiviso do homem todo de seu Deus, todo da Verdade, não dividido com criatura alguma por mais excelente que seja tal criatura, verá o homem de puro coração a Deus, verá como dito a Verdade. Pela participação nos sacramentos como sobretudo o da Eucaristia, que é o encontro com o próprio homem-Deus antes referido que é Cristo, com frequência, mas também pela confissão sacramental frequente que é o encontro do homem com o homem-Deus Jesus Cristo misericordioso que o cura pelo Seu perdão, e com o recurso da oração, pode o homem achegar-se à Verdade, à Sabedoria, à Luz, ao Sumo Bem, à própria Vida que é Deus que dá ao homem discernimento do que é o bem e o mal, torna o homem capaz de distinguir nos dias que correm de sua vida os sinais dos tempos, pode homem alegrar-se com tal Luz que é o seu Deus, é em tudo isso que consiste uma inteligência, um gênio e sabedoria cristã alcançadas desde já, por sua vez, por todo homem de boa vontade, mesmo que pagão, até mesmo ateu, contudo de boa vontade, o qual, de fato, busca o que é razoável todo homem buscar que é a verdade e o bem.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Setas, máximas e sentenças de Olavo de Carvalho

Autoria: Olavo de Carvalho

1- TODA afetação de santidade é compensação neurótica por culpas não reconhecidas.

2- Quando você não tem virtudes para louvar, começa a louvar seus defeitos, começa a se orgulhar dos seus pecados.


3- Sobretudo, o homem capaz de viver a experiência profunda do amor, é capaz de conduzir-se na solidão.


4- Se Nossa Senhora trouxe Jesus ao mundo, ela pode trazê-Lo até você quando você precisar e pedir.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

O maior inimigo da gula


Cristo fortalece a vontade, poderosa alavanca da inteligência que lhe mune de razões, baseadas como deve ser na mais aguda e rigorosa percepção da realidade.

O instinto, os sentimentos, são incoercíveis, caros leitores, ou seja, quando se sente fome, se sente e pronto e acabou, o mesmo vale para o desejo sexual ou para o frio ou o calor. Mas o homem, diferentemente do reles animal, pode contrariar-se, o homem pode dizer não à voragem cega da natureza que possam vir contrariar os desígnios espirituais.

Quero dizer-lhes, caros amigos, que Cristo, o seu corpo e sangue ferido e derramado de uma vez por todas no Calvário e que é repetido de forma incruenta e sacramental na Eucaristia quando da celebração da Santa Missa, como Cristo Jesus prometeu à humanidade é capaz de alimentar, fartar de uma vez por todas o ser humano.

Com tudo isso, não tenho dúvidas que a Eucaristia é o maior inimigo da gula, é o maior inimigo da falsa solução para a vontade de vida do ser humano que seria mentirosamente fartar-se de pão meramente físico. Estão aí pelo mundo feios obesos deformados pela própria intemperança e idolatria, a mostrar a deformidade a que fica relegado o ser humano que se demite, que desiste de ser humano, porque imagem e semelhança de Deus (imago Dei), na prática um ente livre e inteligente.

Cabe ao homem resolutamente refrear a falsa solução para as suas verdadeiras necessidades humanas que passam longe, no caso da gula, da comida e da bebida, pois do contrário os deformados gordinhos seriam todos campeões da Fé, mas eles não o são.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

Nós temos fome de que?

Eis o corpo de Cristo eucarístico que mata nossa verdadeira fome para sempre

Caros amigos leitores, confesso para vocês, eu sou um glutão, sou guloso, sou idólatra por comida, sou o maior dos pecadores, faço parte, enfim, da crápula, aquela gente que se não vigiar o paladar são um dos tipos de gente que não estarão preparados quando da volta de Cristo Jesus na sua Parousia.

Ora, caros amigos, que fome e de que é essa, mas que se a gente for ver, é claro, precisamos de comida para viver, é evidente. Mas que pão, que comida é essa que quer que a comamos, quer que a bebamos, amanhã morreremos, ou amanhã sentiremos fome novamente e o círculo vicioso se reinicia? Porque esse é o destino da comida física, material, a gente come, come, passa a fome depois a fome volta ou depois podemos morrer. Mas e aí? Isso aí não seria uma mesmice infernal digna de idiotas, digna, para ser bem claro, de animais como cães ou gatos ou jacarés? Não é melhor pensar também em uma comida que nos satisfaça para sempre e de uma vez por todas, uma comida que nos dê vida e lhes digo isso porque é bem evidente que temos algo em comum com os animais que é o corpo, mas somos só isso, bichos? E a alma? E a nossa vontade, inteligência, consciência? Isso não nos distingue dos bichos como parece ser evidente? Essas coisas, vontade, inteligência, consciência podem ser saciadas com quitutes, pão, carne, banana, refrigerantes e brigadeiros, será mesmo? Será que ao contrário essas coisas não nos deixam cativos às mesmas e obras que exigem que nós nos contrariemos, obras que exigem sofrimento e até a nossa própria vida como a vida religiosa, o perdão, a compaixão, os estudos, o amor mesmo aos inimigos, visitar os doentes e presos, contrariarmos impulsos sexuais e mesmo os impulsos por querermos comer mais um pouco daquela comida deliciosa. Imaginem, caros leitores, que tais obras que são operacionalizadas evidentemente que pel'alma, certamente que a alma fica como que impedida de assim agir nessa direção pelo peso de nosso corpo operacionalizando os instintos cegos sempre exigindo prazeres.

Nós temos fome de que, então? O homem tem fome no final das contas de ser ele mesmo, de ser um ser humano, livre, de operacionalizar plenamente a sua alma ou deixar que a alma, sim, operacionalize, comande tudo, porque é a alma que caracteriza um ser como verdadeiramente humano. A alma que é a sede da vontade e não dos instintos cegos, comuns a qualquer barata ou rato, como o da fome física por alimentos, tema desse post. O homem busca pelo seu Criador, pois é inteligente, o homem enfim está em busca do Absoluto, ainda que esmagado pelos instintos, pelo pecado, esmagado pelo diabo e por homens maus e por um mundo aonde se há o mal é porque homens e anjos são livres para optar pelas trevas ou pela luz. Essa é a fome verdadeiramente humana, é a fome que só o pão que caiu do Céu que é Nosso Senhor, Mestre e Salvador Jesus Cristo pode nos dar na sua Palavra e na Eucaristia.

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