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quarta-feira, 26 de maio de 2021

A Filosofia fechada e burra dos descrentes (email para o Frei Haroldo)

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Frei Haroldo

Email que eu enviei para um frade franciscano de uma paróquia em honra a Santo Antônio de Lisboa de minha cidade de Belém, a capital do Estado do Pará.

 

"Oi, Frei Haroldo. A sua bênção. Frei, quem fala aqui contigo neste email é o João Emiliano Martins Neto, aquele rapaz que diariamente assiste a Santa Missa lá na Paróquia Santo Antônio de Lisboa. Hoje de manhã eu comentava com o senhor sobre um professor de Filosofia, que em sua descrença simplesmente não quis ver que, de fato, a religião, em particular o cristianismo, pode fazer as pessoas felizes. O professor usou como critério propriamente filosófico, isto é, crítico e reflexivo, o fato de se uma pessoa é feliz ou não. 

 

Pois bem, nos últimos dias eu escrevi uns artigos em meu blog onde eu comento sobre o que seria uma Filosofia fechada da parte deste professor descrente: talvez ateu, materialista, relativista e niilista em contraste com uma Filosofia aberta e arejada, com portas e janelas abertas para o que seja o mistério, isto é, para a resposta última às grandes questões acerca do mundo, cuja resposta os descrentes não conseguem nunca dar, mas, nós, cristãos, damos tal resposta como sendo Deus e sua Santa Igreja Católica Romana. 

 

Eu acho, Frei Haroldo, que uma filosofia inteligente deve ser uma Filosofia aberta, porque mesmo que as coisas do espírito, Deus e a Igreja escapem, sobrepujem a razão humana que é o critério próprio da Filosofia, mas de todo o jeito é parte do mundo, e a Filosofia debruça-se sobre tudo o que é comum no mundo, é parte do mundo, é parte do segredo sobre o que seja a verdade sobre o mundo, coisas como o sobrenatural e o espiritual e fechar-se para tais coisas é uma forma de tirania, é uma forma de burrice, de se proibir que se façam todas as perguntas necessárias para uma reflexão sadia. É a ditadura do relativismo, como dizia o na época Cardeal Joseph Ratzinger na última Missa que ele celebrou no Vaticano antes de ser eleito, em 2005, Papa Bento XVI. 

 

Eis os links para os meus artigos: 

 

1) https://joaoemilianoneto.blogspot.com/2021/05/sao-jose-e-filosofia.html 

2) https://joaoemilianoneto.blogspot.com/2021/05/a-filosofia-arejada-portas-e-janelas.html 

3) https://joaoemilianoneto.blogspot.com/2021/05/o-espanto-da-filosofia-fechada.html 

4) https://joaoemilianoneto.blogspot.com/2021/05/a-empregada-desgovernada.html 

 

ABRAÇOS, Frei e tudo de bom para o senhor."

 

 

JOÃO EMILIANO MARTINS NETO

domingo, 23 de maio de 2021

O espanto da Filosofia fechada

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Eu estava assistindo a um vídeo de um professor e doutor em Filosofia na internet e em dado momento ele elencou como uma atitude fundamentalmente reflexiva, crítica, o saber se uma pessoa é realmente feliz. Ele descartou como uma das possibilidades racionais, filosóficas, claro, segundo uma ideia de Filosofia fechada, o alguém ser feliz, porque tem uma religião.


Certamente o professor vê com espanto que alguém seja feliz graças ao que é considerado pensamento mágico, charlatanismo e superstição pelos céticos, agnósticos, ateus, niilistas e relativistas da Filosofia fechada. Mas, o que se vai fazer? Algo como a religião, e no caso do ocidente é o cristianismo, responde historicamente, adentra como os raios de sol pelas fretas de uma janela fechada (a janela fechada da Filosofia fechada), aos magnos problemas humanos e transfigura o homem para algo, que se o filósofo fechado for honesto reconhecerá que nem é algo infra-humano a exemplo de quem cria um cachorro ou um réptil e nem é algo humano, contudo sobrepuja tudo o que é histórico, material, mensurável, racional e empírico.


Eu não quero com a minha defesa de uma Filosofia arejada, aberta para o teológico, espiritual e sobrenatural subverter a atitude contemplativa, teórica e abstrata: fora do mundo e do prático que é própria da Filosofia no ocidente, o que eu quero é que a variável do sobrenatural, do eterno, do meta histórico entre na jogada para o entendimento do real, porque simplesmente tais coisas são parte do esclarecimento acerca do mundo.


Um professor certamente cético e relativista como este da internet poderia dizer para um homem ser feliz que ele vá varrer a casa, dormir em uma rede e nada fazer o dia inteiro na mesma. Ele pode dizer que tal pessoa vá dar uma caminhada. Que vá fazer sexo. Que vá ao cinema ou ao teatro ou vá tomar uma cerveja no bar. Que vá passear com o cachorro. Enfim, pode aconselhar para o outro à maneira de receita para a felicidade qualquer coisa mundana e humana, todavia, não é nada realista, a Filosofia fechada é fundamentalmente algo fora deste mundo no pior sentido, prescindir do espiritual. 

 

É aquela coisa, o espanto da Filosofia fechada diante do que fuja aos seus limites cegos, que não vê mais a verdade: a coisa em si do mundo, é tal, que só resta a omissão e é claro que no limite a proibição de perguntar acerca de algo para além dos muros do mundinho dos homens evidentemente que escravos de outros homens.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

A Filosofia arejada: portas e janelas abertas para o mistério

Autoria: João Emiliano Martins Neto


A Filosofia em seu edifício, a serviço da razão e do esclarecimento, formado de lógica e argumentações apenas há de ganhar se for um edifício arejado com portas e janelas abertas para o mistério. O mistério, que é como ensina o mestre Olavo de Carvalho, não compõe-se de uma massa homogênea, mas de sendo de um lado um mistério de luz com a resposta para os magnos e mais tremendos enigmas acerca do que seja a verdade acerca do mundo e por outro lado é o mistério de trevas, o absurdo, o mysterium iniquitatis de que nos fala São João, a loucura, a desmedida, chamada de húbris pelos gregos, enfim, o mal.


É evidente que a Filosofia, pelo menos da era clássica, sempre separou-se do absurdo e da loucura e denunciou o mal, chamado de pecado na era medieval da Filosofia. Então, o mistério das trevas, se por acaso entrar pela janela do edifício filosófico, como a noite quando chega toma todas as moradias de uma cidade, mas imediatamente luzes se acendem a fim de decifrar o que as trevas pretendem esconder e eu quero incluir em tal luz, a do mistério da luz, da luz que vem do Alto que espiritualmente é o Cristo Jesus, a luz do mundo, o Verbo divino que vindo ao mundo ilumina a todo homem, disse São João no prólogo do evangelho de Jesus Cristo, segundo a sua autoria.


Uma Filosofia arejada permite a si ir além dos meios humanos, subjetivos, históricos, materialistas e mensuráveis para tornar o mundo inteligível. Uma Filosofia arejada não permite a si tal qual em um edifício ou casa sem janelas e sem portas que as trevas lhe sejam perenes ou que a única luz que lhe reste seja um tipo de ver para conhecer por um tatear humano, o império dos sentidos ou um empirismo fanático e radical, que eu julgo que foi precisamente aos olhos de Aristóteles o erro que viu em seu mestre Platão, por uma opinião humanista, exatamente empirista e materialista da parte de Aristóteles. Uma tal Filosofia que eu proponho abre-se para uma luz maior, por exemplo, a teológica ou espiritual, que torna qualquer luz natural meramente humana como uma luz de velas, a luz de velas do tatear do homem em uma Filosofia fechada.


Um Filosofia arejada, sem dúvida que é inspirada em Platão e nos medievais católicos, onde o mundo é conforme a ideia, o realismo idealista platônico que com a luz da revelação cristã da Filosofia medieval tal ideia encontra-se na mente de Deus que concebeu em seu Coração Sagrado tudo o que criou em um gesto de amor e que espera que rejeitemos o mistério das trevas iluminando-o, desmascarando-o, e corrigindo com perdão, paciência e misericórdia os homens e todas as criaturas que erram ou que por desgraça caíram em tal mistério, encarnando-o neste mundo.

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