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quinta-feira, 20 de maio de 2021

A Filosofia arejada: portas e janelas abertas para o mistério

Autoria: João Emiliano Martins Neto


A Filosofia em seu edifício, a serviço da razão e do esclarecimento, formado de lógica e argumentações apenas há de ganhar se for um edifício arejado com portas e janelas abertas para o mistério. O mistério, que é como ensina o mestre Olavo de Carvalho, não compõe-se de uma massa homogênea, mas de sendo de um lado um mistério de luz com a resposta para os magnos e mais tremendos enigmas acerca do que seja a verdade acerca do mundo e por outro lado é o mistério de trevas, o absurdo, o mysterium iniquitatis de que nos fala São João, a loucura, a desmedida, chamada de húbris pelos gregos, enfim, o mal.


É evidente que a Filosofia, pelo menos da era clássica, sempre separou-se do absurdo e da loucura e denunciou o mal, chamado de pecado na era medieval da Filosofia. Então, o mistério das trevas, se por acaso entrar pela janela do edifício filosófico, como a noite quando chega toma todas as moradias de uma cidade, mas imediatamente luzes se acendem a fim de decifrar o que as trevas pretendem esconder e eu quero incluir em tal luz, a do mistério da luz, da luz que vem do Alto que espiritualmente é o Cristo Jesus, a luz do mundo, o Verbo divino que vindo ao mundo ilumina a todo homem, disse São João no prólogo do evangelho de Jesus Cristo, segundo a sua autoria.


Uma Filosofia arejada permite a si ir além dos meios humanos, subjetivos, históricos, materialistas e mensuráveis para tornar o mundo inteligível. Uma Filosofia arejada não permite a si tal qual em um edifício ou casa sem janelas e sem portas que as trevas lhe sejam perenes ou que a única luz que lhe reste seja um tipo de ver para conhecer por um tatear humano, o império dos sentidos ou um empirismo fanático e radical, que eu julgo que foi precisamente aos olhos de Aristóteles o erro que viu em seu mestre Platão, por uma opinião humanista, exatamente empirista e materialista da parte de Aristóteles. Uma tal Filosofia que eu proponho abre-se para uma luz maior, por exemplo, a teológica ou espiritual, que torna qualquer luz natural meramente humana como uma luz de velas, a luz de velas do tatear do homem em uma Filosofia fechada.


Um Filosofia arejada, sem dúvida que é inspirada em Platão e nos medievais católicos, onde o mundo é conforme a ideia, o realismo idealista platônico que com a luz da revelação cristã da Filosofia medieval tal ideia encontra-se na mente de Deus que concebeu em seu Coração Sagrado tudo o que criou em um gesto de amor e que espera que rejeitemos o mistério das trevas iluminando-o, desmascarando-o, e corrigindo com perdão, paciência e misericórdia os homens e todas as criaturas que erram ou que por desgraça caíram em tal mistério, encarnando-o neste mundo.

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