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O que um filósofo estuda? | Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Loucura: ignorância, perigo e solidariedade

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Como uma primeira meditação por escrito neste ano da graça de 2022, eu gostaria de pensar contigo, caro leitor, sobre a questão da loucura que é algo que está entre a ignorância, o perigo e deve ser algo de nossa solidariedade pelos loucos que são os mais fracos de todos os fracos, visto que mesmo que estando em um corpo de adulto, mas, agem como crianças. No final do ano passado e ao longo do ano que se passou eu deparei-me com pelo menos duas pessoas muito perturbadas que cismaram comigo que eu seria um macumbeiro, a última aproximando-se de mim em uma bicicleta disse que Jesus ama-me e tal, ou seja, parece ser mais uma vítima de uma destas seitas pentecostais fanáticas que pululam na borda do mundo que é o Brasil.

 

A primeira pessoa louca que eu encontrei várias vezes nas igrejas católicas que eu frequento e há uma semana atrás em uma rua de minha cidade de Belém do Pará, ela disse de novo em sua insanidade ou se ela não for louca pode estar confundindo-me com outra pessoa, dissera também que eu seria um macumbeiro e tirava fotografias minhas para provar que encontrou-me e achava-se perseguida por mim, ela chegou a ameaçar-me com um seu irmão que seria policial. Assustado com o que houve eu cheguei a denunciá-la em uma delegacia. Parece que as religiões afro-brasileiras são os grandes algozes dos doentes mentais neste país.


A loucura é algo que está entre a ignorância, o perigo e a solidariedade, no caso, a ignorância, porque os ditos saudáveis mentalmente, os ditos normais, ficam perplexos e não querem depois aceitar nada que esteja nem acima deles, como os mistérios da Fé, muito menos aceitam o que lhes está abaixo que são os conteúdos da insanidade, da loucura, da demência, do que é irracional, o que é até justo, pois a sanidade deve tutelar a sanidade como os adultos cuidam das crianças, pois que eu mesmo sendo doente mental, quando eu estava muito mal, no passado, eu mereci a tutela até mesmo à força de minha condição alienada. A loucura vai para o lado do perigo quando vemos pessoas adultas e fortes agindo fora de si, tal qual crianças, podendo causar um ferimento, até mesmo grave em alguém Imagine, caro leitor, certa vez eu estava rezando na Basílica Nossa Senhora Nazaré de minha cidade de Belém e por trás chegou a louca que persegue-me, e xingando-me, imagine se ela estivesse armada com uma faca, não só com um celular nas mãos, eu poderia ser gravemente ferido ali, diante do altar de Deus, o belíssimo sacrário de ouro da Basílica.


Por fim, de forma mais compreensiva, o sofrimento psíquico, vulgarmente chamado de loucura, deve ser alvo da solidariedade dos ditos sãos mentalmente, pois que, como dito, devem os adultos e conscientes tutelar com paciência, mansidão e perdão, quantas vezes a loucura reiteradamente incidindo sobre uma pessoa inconsciente que são os loucos adultos ou as crianças em corpo de adulto.

 

Eu escrevi pelo menos alguns artigos sobre a questão da perseguição dessa mulher no ano passado, porque foi algo que assustou-me e eu oscilei muito em dar-lhe ou não uma resposta mais dura, contudo, que eu possa como alguém que hoje está bem de saúde mental, graças a Deus, que eu saiba ter por ela a compreensão que muitas vezes eu não tive em minhas crises. O eclipse da razão é algo de um sofrimento tal, marcante, pois que é um rebaixamento da condição e natureza humana que aponta para o animal racional que somos e que sem isso somos piores do que os animais, porque eles, pelo menos, têm os instintos que o ser humano não os tem que os guie em tudo e a loucura é uma espécie de racionalidade em lusco-fusco.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Uma afetividade entre o perigo e a promiscuidade

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

É no horário da noite e da madrugada que eu sofro terríveis tentações sexuais. É nesse horário em que eu percebo o meu coração que é o órgão do afeto enraizado neste mundo passageiro, percebo a minha afetividade erótica sexual entre o perigo e a promiscuidade. O perigo da noite com seus ladrões e de seres humanos que vendem os seus corpos por algumas poucas dezenas de reais.


Disse o Cristo que onde está o teu tesouro aí estará o teu coração e eu percebo que o meu tesouro está no risco, no perigo da noite com uma multiplicidade de parceiros jovens e rústicos que eu posso encontrar em tal horário, há aí a promiscuidade. É um coração o meu destinado a perecer, porque tendo por tesouro a juventude passageira e o não fixar-me em um parceiro amoroso algum, não ser fiel torna o meu coração, a minha afetividade, falsamente entregue a nenhum coração humano.


É evidente que a transgressão que é a minha sexualidade orientada ou desorientada para a homossexualidade tão discriminada socialmente que é o que lança-me à promiscuidade e ao perigo, mas mesmo na homossexualidade se um dia eu descobrisse um verdadeiro amor, se também o meu temperamento sagitariano não fosse dado à uma ideia de liberdade sem limites, o pecado mortal e maldade da homossexualidade ficaria enfraquecido, porque faltar-lhe-ia a infidelidade.


O perigo da noite nas ruas, o sexo, a vida de solteiro somada à homossexualidade sem dúvida alguma que lançam o coração humano, a afetividade, à uma roleta russa que embota o entendimento humano que é destinado à consideração que este mundo sensível não deixa ver o ideal, a verdade, em que cada coisa deste mundo é apenas uma sombra. Que o Divino Jesus e o Divino Platão valham-me, valham-nos.

terça-feira, 14 de março de 2017

O chão

O chão do real, prerrogativa da Filosofia que é o pensar e refletir sério e profundo, é duro, mas é firme e seguro, o resto é o nada da vaidade humana, em que o homem flutua de um lado para o outro ao sabor de ventos de doutrina sedutores, novos, inauditos, e, por isso, que podem ser arriscados e perigosos.

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