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sábado, 12 de março de 2022

Juízes

Autoria: João Emiliano Martins Neto


São juízes os membros desta direita nova que surgiu no Brasil desde pelo menos a primeira metade da década de 2010 deste século. Eles julgam e condenam, mas, isso se vê em uma sociedade como a brasileira que é profundamente conservadora, formada ou deformada por três séculos da escravidão negra a mais cruel de todo o ocidente. Sociedade conservadora que é naturalmente filiada à facção da raça de víboras (São Mateus 12, 34) que são os fariseus, gente de todas as classes sociais, até mesmo da ralé que aprecia não raro ser tratada com desprezo, julgam e condenam os outros. 

 

Recentemente, Renan Santos, o líder do Movimento Brasil Livre (MBL) muito aborrecido, xingando e falando palavrões em uma live transmitida no site YouTube no canal desse tal MBL, ele até mesmo jogou uma caneca ao chão, Renan, o homem que testemunhado pelo caído em desgraça amigo seu Arthur Moledo do Val, Renan pratica o turismo sexual Tour de Blonde na Europa, ele disse que a esquerda rouba, e rouba de fato, e muito. A esquerda que roubou trilhões foi o roubo a marca do Partido dos Trabalhadores (PT) no poder com o petrolão e o mensalão, sobretudo, através de um seus braços no poder que era o Partido Progressista (PP). A esquerda rouba, eles, do MBL e da direita, segundo tal julgamento tão duro, contudo, justo, eles supostamente, não roubariam, mesmo que um Jair Messias Bolsonaro, o atual presidente do Brasil, da direita, seja acusado de praticar a "rachadinha" que é o furto acertado com assessores do gabinete de seu filho Flávio Nantes Bolsonaro, e o próprio Flávio tenha comprado uma mansão na capital federal, Brasília, com dinheiro que dizem vir da lavagem de dinheiro das milícias que operava em uma franquia de chocolates da Copenhagen que ele possuía, segundo eu fiquei sabendo.


São juízes e a vida deles é um mistério, não se sabe de nenhuma miséria pessoal deles, miséria ou pecado que é preciso dizer qual é, bem nomeada, tem que dar nome aos bois, como instruiu dia desses na Santa Missa um padre da paróquia da Santíssima Trindade aqui em Belém do Pará, onde eu fui batizado na infância em dezembro do ano de 1978. Eles são apenas juízes implacáveis junto com todo este povo brasileiro com a sua religiosidade, catolicidade hipócrita farisaica de meras aparências, ainda mais se os ditos católicos forem tradicionalistas da Missa Tridentina. Eles são incapazes de falar de cultuar a Deus e de viverem de coração e com sinceridade; de cultuar a Deus em espírito e em verdade, conforme disse Jesus Cristo à samaritana (São João 4, 23, 24) no poço de Jacó. São incapazes de falar de sua vida pessoal, de seus pais, de suas origens e como seria conviver cotidianamente com eles. Com relação a um pai o que até se compreende, porque é comum no Brasil um Seu Wilson (Othon Bastos) do filme Bicho de Sete Cabeças da vida que não empreendia o menor esforço para entender um filho problemático, Neto, que foi até parar no manicômio, por causa do pai, e talvez não fosse o caso de internação.


O Brasil é um país de fingimento e de patrulha. É um país sem futuro e é um deserto do Saara, estéril, onde não há a verdade, não há nada de interessante, verdadeiramente sábio, luminoso. É um país no qual não há nunca uma boa confissão de pecados, porque sincera, honesta e lúcida. Aliás, o brasileiro com sua catolicidade de cocô só vai à Missa em ocasiões especiais como um 15 anos, casamento, batizado e formatura, quando muito. É um país sem luz onde as trevas são varridas para debaixo do tapete e quando a luz é projetada na vida de alguém que não faça parte do grupinho dos eleitos, dos fariseus, tal pessoa é pelos juízes julgada e condenada.


Mas, que os juízes fiquem sabendo o que ensinou a Sabedoria, a Verdade, a Luz do mundo: Jesus Cristo, que com a medida com que medirem serão medidos (São Mateus 7, 1). Não há nada oculto que não venha a ser revelado (São Lucas 8, 17), disse o Cristo e no dia, enfim, do Juízo Final a nudez e a loucura dos juízes, dos reizinhos deste mundo ficará patente a todos.

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