Autoria: João Emiliano Martins Neto
Já diria São Pedro Damião, philosophia ancilla theologiae. A Filosofia é a serva da Teologia. Mas hoje a serva, a mera empregada, esqueceu-se de sua tarefa a cumprir, pois sua senhora, a Teologia, desapareceu, isto desde pelo menos o século XIV com o Beato João Duns Scot e aquele revoltado contra o Papa, o Frei Guilherme de Ockham, que desatrelaram a Filosofia de sua tarefa de entendimento racional do dado revelado, da fé, ou seja, o pão e o vinho não poder mais transubstanciar-se em corpo, sangue, alma e divindade de Cristo.
A empregada desnorteada sem um comando de cima acabou também orgulhosa e não aceita nada acima de si, acima da pobre e limitada razão humana, então, cega, burra, nua e louca em uma Filosofia fechada não quer aceitar que a religião, em particular o cristianismo, possa responder aos magnos problemas da existência humana.
Ignorar o cristianismo, a Teologia e o dado espiritual é ignorar algo que pode tornar o real definitivamente, aliás, mais real, é ignorar uma verdade fundamental do mundo que é o dado do mistério. A reles empregada tornou-se incompetente.
Que os filósofos, se forem cristãos, rezem e rezem muito, façam toda a sorte de penitência, se preciso for, para que não caiam no canto de sereia do modernismo de ignorarem a verdadeira sabedoria e verdade, fonte mesma da sabedoria e da verdade que é Deus que dá vista aos cegos e ressuscita os mortos, enquanto a Filosofia sozinha e sua filha, a Ciência, criada no quarto dos fundos de empregada da casa de sua patroa, possam dar todas as respostas, porque há enfermos que nunca encontram a cura, os hospitais estão sempre lotados e também os cemitérios onde jazem muitas pessoas também estão cheios de corpos de falecidos.
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