Autoria: João Emiliano Martins Neto
O homem reconhecer que mesmo que ele dê a Deus o seu dom total, que ele em martírio derrame o seu sangue e dê a sua vida, mesmo com tudo isso, pó e cinza apenas ele oferecerá a Deus,oferecerá um nada a Deus. Um nada que pode ser menos ainda, porque o próprio São Paulo Apóstolo em carta aos cristãos gregos de Corinto escreveu que sem amor (amor a Deus sobre todas as coisa não amor a si mesmo sobre todas as coisas), mesmo por meio do martírio, nada ele seria.
A cura para o farisaísmo, a perversão da religiosidade, é uma humildade jamais vencida pelo orgulho, jamais vencida pela ingratidão de quem não reconhece que se tem alguma coisa de bom é porque veio-lhe de Deus. Estar-se conscientemente diante do pó e da cinza é a melhor cura para nunca envenenar o bem com o mal da dureza legalista e moralista, a hipocrisia, soberba e ingratidão dos fariseus de todos os tempos.
A melhor cura para o farisaísmo é reconhecer os próprios limites, tentações, paixões que podem ser mais ou menos piores variando de pessoa para pessoa, mas sobretudo reconhecer que toda a humanidade, como escreveu o mesmo São Paulo aos romanos, pecou e carece da glória de Deus. Todos nós homens encontramo-nos no mesmo abismo do mal e do pecado que somente o sacrifício expiatório de Jesus Cristo poderia com méritos infinitos curar-nos e saldar a nossa dívida de valor inestimável para com Deus.
Que nos dias de hoje do Brasil a humilhação do filósofo ou seria melhor dizer, sofista Olavo de Carvalho em ter que pedir arrego, clemência para a esquerda que ele tanto difamou e mentiu a seu respeito, ao buscar tratamento médico no "comunista" ou, segundo ele, "cem por cento socialista" Sistema Único de Saúde (SUS), que a humilhação desta terrível sombra para a atual onda de falsa consciência ou ideologização à direita em que vive a sociedade brasileira, que a humilhação dele sirva de cura para o farisaísmo. Que na punição de tal perfeito fariseu hipócrita Carvalho que purifiquemos a nossa consciência com mais humildade e gratidão.
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