Autoria: João Emiliano Martins Neto
À noite todos os gatos são pardos
À noite os espíritos imundos do homem deitam-se ao lado
Uns pacientemente conduzem à bebida e ao roubo
Outros por vis paixões
Aos seus gatos nas trevas conduzem.
Aquele um da madrugada espera-me
"Sonhos escondidos nos pecados de Adão"
O desejo de saber, o proibido
A sabedoria diz não
A loucura diz sim.
Aquele um da madrugada
O amigo do desejo
A verdade frágil do desejo.
A vela acesa para a oração
Na madrugada diante a Madona de Nazaré
A vela apagada não vela e não guarda a pureza.
A verdade frágil do desejo
Do desejo sem razão, no fim sem coração
A vela acesa para a oração
Guardaria o coração
Guiando a razão.
A verdade frágil do desejo
Há para a razão apenas a noite
Que passa, carpe noctem.
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