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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Meu malvado predileto

Eduardo Cunha
Esses nossos políticos modernos brasileiros tem é uma inveja danada de Sua Senhoria Eduardo Cunha, o meu malvado predileto que deu grande impulso no Parlamento ao processo de impedimento da velhota terrorista aposentada. Nossos políticos tem inveja, porque segundo a concepção moderna de política, baseada em Nicolau Maquiavel, o Sr. Cunha é o político maquiavélico por excelência, pois ele tem a chamada virtú que seria a virtude (areté) concebida pelos gregos arcaicos pré-socráticos, ou seja, o amor à glória do poder e Cunha é um político de fortuna, porque ele teve a sorte, foi um afortunado por ter sido o homem certo na hora certa contra as pessoas certas: os monstros totalitários esquerdopatas comunistas.

Aproveitando a lição de Maquiavel, é evidente que o político de fortuna é muito inferior ao virtuoso, no sentido da virtude arcaica, porque o afortunado conta só com a sorte e não cria as condições para o seu êxito. Ora, alguém como Eduardo Cunha, sabendo-se não ser nenhum santo e já que Cunha se diz cristão (protestante), ele poderia aproveitar a lição de Santo Agostinho que dizia que a matéria de nossas virtudes (no sentido cristão de virtude) são os nossos vícios e tirar de um mal o bem como quem aduba a terra com esterco para fazê-la fecunda. Mas eu acho que Cunha contou só com a sorte mesmo, contou só com a fortuna que hoje está no alto, mas amanhã pode cair até as profundezas do Inferno.

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