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Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Brevíssimo esboço de uma história das idéias políticas

Eu creio que a Política, desde o descenso da Politeia grega na fase helenística, começou a tornar-se algo inviável, porque evidentemente tratava-se de administrar um império, uma grande extensão de terra com múltiplos povos, os bárbaros. A ordem d'alma de um grego coincidia com a ordem da Politeia, por isso mesmo que um Sócrates recusara-se a fugir de seu fim trágico, não conhecia a idéia de indivíduo surgida com o patrono da modernidade que é o Cristianismo na pessoa do Doutor da Graça (Santo Agostinho).

A coisa piorou para as idéias políticas com o Renascimento em crápulas contemporâneos entre si como Nicolau Maquiavel com sua idéia de desvincular a Política da moral e Martinho Lutero que, ambos, com seus nacionalismos exacerbados, derrubaram a ordem descentralizada feudal e ao ajudarem a eclodir os Estados Nacionais enfraqueceram o poder da instituição de consenso e protetora do indivíduo contra a brutal razão de Estado real que era a Santa Igreja Romana. Claro, esse derradeiro fato o diabo e os canalhas devem o mérito a Lutero.

Enfim, a Política, apesar de tais percalços históricos nada alentadores, JAMAIS, prescindirá de ser o que é que seria a de uma tarefa indicada para os devotos do bem comum que querem que a ordem social coincida com a ordem em suas almas.

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