Autoria: João Emiliano Martins Neto
São João Batista |
Hoje, dia 24 de junho de 2021, festa da natividade de São João Batista, eu estava discutindo logo cedo com o meu velho pai que temeroso de que eu estivesse voltando de alguma farra da madrugada, perigosa farra dada a tarde hora da madrugada e com o agravante de no meu caso incluir não só o álcool, mas também de ser uma farra na inversão do mundo que é a homossexualidade. Discutia com ele, porque eu não estava voltando de farra alguma, eu fui só fumar no térreo do condomínio onde eu resido no bairro de Nazaré, centro de Belém do Pará, e logo sairia para assistir à Santa Missa da Natividade do Pródromos.
Por causa de tal discussão e desconfiança eu pude perceber o desafio que é a fé, a minha fé sofreu um pequeno terremoto. Mas, a fé é alguma coisa que é esperada do pobre ser humano limitado, mortal, com uma duração. Sem fé, ensina o filósofo Olavo de Carvalho, não podemos confiar no que aprendemos durante uma vida, pois que sabemos muito bem que um dia morreremos e no dia seguinte de nossa morte não saberemos mais nada das novas descobertas do futuro. Ou seja, a fé é alguma coisa de nossa relação com o Absoluto, a verdade, diante da qual somos finitos, confiamos no que sabemos e no limite a fé é da nossa relação com mais alguma coisa que vem do Absoluto que é o dado revelado plenamente em Jesus Cristo, por exemplo, como Deus trino e uno que escapa à alguma dedução racional humana.
Sem a fé que é fundamental em nossa relação com o que é a Verdade e Sabedoria e o Bem, Deus: o Absoluto, resta ao homem o agnosticismo, o mundo como uma bagunça que seria organizada pela soberba humana, por meio do aparato cognitivo humano. Sem a fé instaura-se a tirania da autonomia humana, o homem tornar-se senhor absoluto do que convenciona-se chamar mundo.
A pobre fé dos cristãos que é sacudida pelas pontes construídas pelos verdadeiros cristãos que amam os seus inimigos, que dão a outra face quando são agredidos, os cristãos que perdoam, pois que com lágrimas rezam em sua piedade mesmo que pelos mais impenitentes e os verdadeiros e sinceros cristãos são sacudidos pela dureza, incompreensão, fanatismo e falta de misericórdia dos filhos do diabo que são os fariseus hipócritas.
Mas, com tudo isso, a humilde fé dos verdadeiros cristãos aponta para o Reino de Deus que é como o desprezível, por seu tamanho, grão de mostarda, contudo, que quando cresce torna-se a maior das hortaliças e vem as aves do céu aninhar-se nela, pois que a fé cristã dada como algo irracional e infantil constituiu a civilização em que vivemos em que o homem é respeitado e pode com sua liberdade resguardada verdadeiramente amar a Deus e o seu próximo tendo por alicerce a fé que edifica a esperança e tem por fruto a caridade.
Que a firmeza da fé, da esperança e da caridade de São João Batista, cujo dia de seus nascimento celebramos, hoje, São João, um homem que aceitou o próprio martírio, o que para gente como os fariseus hipócritas é altamente ofensivo, pois de fato o homem morre, não é tão invencível como quer a hipocrisia farisaica sem qualquer inclinação à misericórdia. Que a firmeza de São João sustente-nos as virtudes por suas orações lá no Céu e possamos dar o nosso testemunho de fé, apesar de todas as nossas inclinações para o mal mais ou menos graves que de quando em vez tornam-se o desafio da fé.
São João Batista, rogai por nós.
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