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quinta-feira, 17 de junho de 2021

Après nous, le déluge

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Um famoso influencer da internet, hoje já mais ausente, o Conde Loppeux (Leonardo Bruno de Oliveira) com a sua sabedoria disse tudo, profetizou, eu diria, ao intitular o seu mais recente vídeo no site YouTube como Après moi, le déluge que era a frase que Luís XV da França ao falar especialmente de seu delfim que tornar-se-ia Luís XVI. A frase é atribuída primariamente a Madame de Pompadour que queria melhorar o estado de espírito de seu amante Luís XV.


O Conde profetizou, ao meu ver, ao dizer com Luís XV que depois de mim, o dilúvio, pois, de fato, ruim com Jair Messias Bolsonaro, pior sem ele. Pior se o Partido dos Trabalhadores com Luiz Inácio Lula da Silva voltar ao Palácio do Planalto. Teremos o morticínio de volta com seus mais 60 mil assassinatos de brasileiros por ano fruto da leniência das autoridades diante dos criminosos que bem ou mal, ainda que evidente, criminosamente, são combatidos pelas milícias apoiadas por Bolsonaro, ainda que depois de pacificar as periferias a própria milícia torna-se o corpo criminoso e ameaçador local.


Com a derrocada de Bolsonaro os militantes pró-aborto podem finalmente legalizar o aborto, o assassinato dos absolutamente inocentes e inermes nos ventres de suas mães assassinas. A droga pode ser legalizada. As universidades terão cada vez mais força, e sempre tiveram bastante, para serem bem mais madrassas de esquerdismo para corromper a juventude. E o que é mais interessante, os evangélicos que são a primeira geração do homem moderno finalmente de mãos dadas com os seus parentes de terceira geração que são os esquerdistas do PT finalmente selarão as pazes entre si, o que é mais do que esperado e que tirem as suas máscaras ambos, e aprofundarão o mergulho do Brasil na inconsciência da doutrina invisível moderna onde só há interpretações e não a verdade, "fatos eternos", ou onde as palavras não correspondem intrínsecamente às coisas.


Com Jair Bolsonaro tudo é muito ruim, sem dúvida que terrivelmente ruim: não temos vacinas, por exemplo, mas temos mais liberdade contra as mesmas vacinas e sua aplicação que poderia ser draconiana junto com as medidas sanitárias também draconianas de lockdown, toque de recolher, distanciamento social, uso de máscaras e semelhantes. Mas, apesar disso tudo pelo menos a bandidagem avulsa e anárquica nas periferias e favelas fica controlada pelas milícias, há mais liberdade diante da pandemia ou sindemia, não há aborto, nem drogas, pelo menos fora dos ditames das milícias em seus feudos libertados da onipotência e incompetência do Estado criado pela esquerda, e as seitas evangélicas ainda pregam alguma moralidade cristã, sem Bolsonaro nem isso, as seitas finalmente tirarão a máscara de alguma coisa da modernidade que são onde cada um impõe a ditadura, que pode ser a mais liberal nos costumes, no seu próprio negócio individual.

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