Autoria: João Emiliano Martins Neto
A Política é túmulo da alma humana. Pelo menos o é assim, de fato, aqui no Brasil. Por exemplo, Miguel Reale Júnior dizendo ontem, dia 22 de junho de 2021, festa do padroeiro dos políticos que é Santo Tomás More, em uma entrevista ao O Antagonista, Reale dizia que o sistema presidencialista brasileiro é viciado, é paradoxal. É um sistema ao mesmo tempo que pousa de forte: imperial, mas tem pés de barro, é frágil, pois depende de apenas dois homens, o presidente da Câmara dos Deputados da vez e depende do Procurador Geral da República (PGR) da vez. Daí por tal dependência vem toda a corrupção no meio político: mensalão, petrolão da época do Partido dos Trabalhadores; aliança com o Centrão corrupto, orçamento secreto de Bolsonaro que é o tratoraço.
E fora que a Política é algo perigoso, é uma questão de pessoas, ou seja, é como diz Olavo de Carvalho muito acertadamente, de que é preciso haver uma militância bolsonarista, a favor fisicamente da pessoa de Jair Messias Bolsonaro e não de ideias conservadoras, direitistas e semelhantes, o que no nazismo era o Führerprinzip.
Ou seja, em algo tão perigoso, temível e aterrorizante como a Política não há debate de ideias, conforme se esperaria não só de filósofos ou de cientistas políticos e também de sociólogos, mas também de qualquer pessoa de bom senso e racional. Não. Em Política pessoas de carne e osso devem dar o seu lugar para outras pessoas de carne e osso, fisicamente, se não for por bem: por meio do voto ou mesmo por um impeachment, será por mal: por meio de um tipo de golpe qualquer, ou ser esfaqueada tal pessoa, como fizeram contra Bolsonaro ou matando tal pessoa.
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