Eu gosto de Francisco, ele é bem manso, piedoso, pastoral e com algum viés canhoto, esquerdista, mas o Cristianismo tem algo de esquerdista, sim, na crítica social aos poderosos religiosos e econômicos.
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3 comentários:
O Cristianismo não é esquerdista em substância, pois o esquerdismo é negação e revolta contra a realidade, enquanto o Cristianismo é a estrutura da realidade. As semelhanças são puramente acidentais, na medida em que a doutrina de esquerda simula abraçar certos pontos da doutrina cristã, como o amor ao próximo em necessidade ou a busca pelo que é justo. Mas, no fundo, o esquerdismo é demoníaco, e o Diabo apenas sabe muito bem macaquear a verdade para seduzir os homens e levá-los ao Inferno.
Quanto ao Santo Padre, tenho para com ele muitas reservas e vejo com angústia o modo como ele vem minando a fé da Igreja. Pedro nem sempre é petra. Ele também pode ser, e muitas vezes foi ao longo da História, skandalon...
Caro irmão e amigo Ewerton, note que um conhecimento cabal e apodítico do que seja o real é inacessível ao homem, só Deus sabe todas as coisas, a tal coisa em si, que Immanuel Kant nega tão peremptoriamente um conhecimento, eu não negaria assim tão com efeito, pois creio que o homem pode saber muitíssimo, meu esporte é a metafísica, enquanto estudante universitário de Filosofia, mas note, meu amigo, há limites no conhecimento para o homem por questões estruturais do homem totalmente depravado pelo pecado, pois sou calvinista então defendo tal pessimismo antropológico extremo que condena o homem a uma livre-agência, jamais um livre-arbítrio pleno tal qual havia em Adão. Então, a esquerda desconfiando de que haveria um magma de irracionalidade no que seja o real, acerta, e critica aqueles da direita que vivem deitados eternamente em berço esplêndido enquanto há tantos males no mundo, nesse ponto eles seriam cristãos.
Discordo. O problema não é negar o elemento de irracionalidade do real, que o Cristianismo reconhece no mistério da Cruz. A esquerda e a direita percebem isso, mas enquanto a direita tenta minimizar o mal, reduzindo-o ao inevitável, a esquerda defende a própria subversão da existência em nome de uma utopia irrealizável, em busca da qual são cometidas e justificadas as piores atrocidades.
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