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sábado, 1 de julho de 2023

Freddy Krueger dorme comigo

Autoria: João Emiliano Martins Neto


A realidade supera a arte. Freddy Krueger dorme comigo e mesmo que este personagem fictício de A Hora do Pesadelo não existisse o que eu vivo todas as noites ao dormir é algo que eu acho que supera em terror à tal franquia de filmes e isto na ausência visual de tal personagem em meus sonhos. Eu tenho falado em quase todas as minhas postagens neste meu blog sobre coisas fortuitas que ocorrem em minha vida solitária e atormentada quando em estado de vigília, mas, minhas noites de sono são terrivelmente ou mais atormentadas. Eu acordo gritando histericamente no meio da noite. Acordo sonhando em uma mistura de vigília e sono que eu estou engolindo parafusos, facas, bolas e todo o tipo de coisa sólida e acordo gritando, aterrorizado. 


Quando eu era mais jovem eu fui sonâmbulo à geladeira de casa e tomei um vidro contendo pimenta e acordei salivando e com a boca ardendo. Quando eu parei o meu tratamento em saúde mental durante quatro anos o meu distúrbio do sono piorou com gritos altissonantes e perfomances que misturavam o estado de vigília com o de sono o que ocasionava problemas com a vizinhança de dois apartamentos de kit-nets em que eu vivi por volta dos anos de 2010 a 2013 quando uma irmã minha, Mônica, expulsou-me de casa pensando que eu estava brigando com meus pais, ela é meio que uma psicopata ou uma ressentida sem qualquer noção de cristianismo que quer que eu seja um bode expiatório sem direito a nada reclamar em casa. O escândalo estava armado em casa quando ela chegou por acaso da rua, pois que estava berrando, estava fazendo escândalo só para criar um tumulto, uma empregada doméstica filha da puta nossa à época, Fátima o nome dela, naquele dia fatídico de expulsão. Esta mulher xingou-me na casa dos meus pais, xingou-me fazendo uma pergunta retórica se eu estava doido, porque eu naqueles meus acessos realmente de doidice eu achei uma delícia um certo doce ou salgado que eu estava comendo. Dia desses - e no tempo presente já desde o ano de 2013 submetendo-me ao tratamento em saúde mental, apesar de minha psiquiatra, Rosemary Lobato, nunca querer atender-me em uma consulta, mas ultimamente eu tenho parado de tomar café até tarde da noite para ver se eu melhoro no sono - eu estava novamente entre o estado de vigília e de sono e eu percebi que os meus braços e mãos estavam entortando, coisa dolorosa, coisa diabólica...


Freddy Krueger dorme comigo e ele nunca aparece, mas, perturba-me em meu sono, por assim dizer, a vida supera a arte, ao ponto de eu ir parar longe da cama rumo à cozinha da casa de meus pais. Ainda bem que há grades na área de serviço da cozinha, caso contrário eu poderia jogar-me dali. Desde pelos menos o ano de 1991 este tipo de sono mau ocorre comigo. No dia da estréia do clipe Black or White de Michael Jackson que passou no programa Fantástico da TV Globo, eu bebi um café na casa de uma tia minha, a tia Nazaré, no edifício Camboriú que fica no bairro de São Brás, aqui na minha cidade de Belém do Pará, a capital do Estado do Pará, quando cheguei em casa e adormeci, que eu me recorde, eu acordei gritando pela primeira vez. Já acordei gritando e ajoelhando-me no chão, isto já aconteceu várias vezes ao ponto de eu machucar seriamente o meu joelho. O mesmo já ocorreu em um dos manicômios onde eu estava internado pela primeira vez, na ala psiquiátrica do Hospital de Clinicas Gaspar Vianna, fiquei com o joelho roxo. Note que em um manicômio estamos ali seriamente tratando nossa saúde mental, não há espaço para tantos cafezinhos, cigarros ou bebidas alcoólicas.


Friedrich Nietzsche que dizem que sofria de minha doença mental, o transtorno bipolar, tem uma frase interessante sobre o sono e os sonhos que tem a ver comigo que eu tirei de um filmes de Freddy Krueger, a frase diz assim: "Conhece o terror daquele que adormece? Fica aterrorizado até a ponta dos dedos, porque o chão se abre sob ele e o sonho começa." Talvez ele soubesse bem deste meu tormento por ele supostamente ser bipolar, enfermo mental. Talvez só no sono final da morte eu tenha, enfim, a paz, a paz de morto, deitar e adormecer para repousar nos dormitórios que são os cemitérios, até o dia do Juízo Final quando os cemitérios serão festa com seus mortos ressuscitados ali em corpo e alma. Para as almas que desde já quando da morte separam-se de seus corpos, se morreram na amizade com Deus, podem no Céu serem felizes se praticaram o bem nesta vida sendo bons católicos romanos, pelo menos penitentes. 

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