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sábado, 8 de julho de 2023

Paciência ou remorso: o que se passa com um covarde semelhante a mim

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Em um texto meu passado sobre idiotices antitabagistas, parte II, em que eu relatei o que um filho de Caim, vizinho meu chamado Bruno que mora no condomínio do edifício São Paulo onde eu também resido no bairro de Nazaré de nossa cidade de Belém do Pará, a capital do Estado do Pará, ele que quase disse que eu sou fedorento, porque eu cheiro a cigarro de tabaco depois de eu com boa intenção ter dito a ele no elevador que ele é cheiroso, fazendo-lhe uma pergunta retórica, e ele é cheiroso e muito perfumado mesmo. Depois da resposta torta dele, talvez achando-se desafiado ou até ofendido, eu respondi-lhe que, paciência, tem gente que cheira a cigarro...


Mas, o que houve comigo foi paciência ou remorso? O que se passa com um covarde semelhante a mim? Eu acho que eu já escrevi em outro texto, artigo aqui neste meu blog que se eu fosse escrever uma autobiografia minha em um livro eu acho que eu a intitularia de O Covarde. Porque, realmente, tudo o que sempre se passou comigo em toda a minha vida desde a minha preguiça crônica em levantar-me cedo para pelo menos procurar emprego, vagabundo que eu sou, até o esmagamento que sempre sofri nas salas de aula que eu frequentei desde sempre bem jovem até a idade adulta e até as perseguições de vizinhos tipo o tal Neto do apartamento 507 do São Paulo, que é um homofóbico e já confessou não gostar de nós, homossexuais, tudo isto, todas estas circunstâncias dolorosas da minha vida são fruto de minha covardia, fraqueza, eu não reajo, são fruto de eu ser uma barata e rato.


Certamente que logo depois que eu agi como covarde no episódio com o referido filho de Caim, incapaz de dar um bom dia para as pessoas e ser simpático com os demais, eu fiquei com um tanto de remorso, tal sentimento não é novo no meu cotidiano de covarde, fiquei com o remorso de ter agido como um rato ou barata. Deveria eu ter dito para ele me respeitar ou que ele fosse tomar no cu? O cigarro fede tanto assim? No artigo referindo-me a este episódio eu argumentei que eu sempre gostei de tal cheiro desde criança. É melhor evitar brigas? Nós, covardes, frouxos, sempre encontramos uma desculpa para ficar no nosso marasmo de terror e falsa humilhação por nossso amor desordenado à nossa pele de baratas e ratos refugiados e petrificados de medo, escondidos em nossos covis, buracos ou esgoto.


Aquele que perder a sua vida por amor de mim, este vai salvá-la, disse Nosso Senhor Jesus Cristo. É melhor uma boa morte do que uma morte em vida de barata e rato, do que ter um amor desordenado por uma pele de seres tão abjetos e nojentos que é o que se passa com um covarde semelhante a mim.

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