Autoria: João Emiliano Martins Neto
Em um áudio de uma das aulas de Filosofia de Olavo de Carvalho, o grande mestre e filósofo, ele mencionou uma passagem que muito o impressionou de um livro do filósofo espanhol, José Ortega y Gasset, em que ele escreveu que nunca leu um livro em que alguém dissesse o porquê que ele fez tal e tal coisa. Olavo ele mesmo que nunca disse o porquê fez o que fez de excelente que foi o seu curso de Filosofia chamado de Seminário de Filosofia e sobretudo o seu combate aos socialistas e ao Partido dos Trabalhadores reinantes e até hoje, ainda que questionados bem ou mal por causa da atual direita bolsonarista, com Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato da escuridão depois de um interregno de quatro anos do desgoverno delinquente de Jair Messias Bolsonaro apoiado por Olavo como seu Platão, Mangabeira Unger ou Alexandre Dugin, ideólogo, Olavo que criou uma seita política para a destruição da república brasileira, para a destruição da democracia do que resta desta nossa democracia brasileira oligárquica e para que o presidente Bolsonaro, o Bozo com seu envolvimento com as milícias, com crime de peculato das rachadinhas nas costas, superfaturamento do valor de combustíveis e também sob os auspícios de Olavo, ele que apontou uma arma de fogo para as cabeças dos próprios filhos crianças, gestou o Bozo muito mal o Brasil durante a pandemia ou sindemia de COVID-19, o Bozo que durante a pandemia disse que não era "coveiro", isto é, que as pessoas do Brasil fossem morrer para lá, que ele não estava nem aí.
Alguém semelhante a Olavo de Carvalho que não teve a coragem de dar educação formal para os próprios filhos, e ainda dizia que queria formar alunos para que eles restaurassem uma dita "alta cultura" no País, ele apontou uma arma para as cabeças de seus filhos, denunciou tudo isso a sua filha primogênita, a excelente Heloísa de Carvalho Martin Arribas, que já jovenzinha nunca tinha sido alfabetizada, denuncia ela e um de seus irmãos, Luiz Gonzaga de Carvalho Neto, o Gugu, quase morreu criança no hospital, já que junto com os na época outros três irmãos, Heloísa junto, nunca tinha sido mandado vacinar pelo pai. Olavo que não cuidou da filha mais jovem, Leilah Carvalho, que nascida com uma hipóxia, uma baixa oxigenação no cérebro, hoje é sequelada, ela dá risadas involuntárias e gira o braço direito para trás também involuntariamente, diz Heloísa, e eu creio no que ela diz, visto que não me parece só uma "narrativa" da revolução contemporânea louca e desconexa sem qualquer veracidade da parte do indivíduo, pois que Heloísa precisaria ser uma grande psicopata para inventar tais "narrativas".
Alguém semelhante a Olavo de Carvalho teria qual porquê para a sua atividade "missionária", ele expressamente o disse com este termo em um vídeo, certa vez? Heloísa de Carvalho diz que um suposto petista teria prometido algo a Olavo e não cumpriu, então, Olavo teria o porquê assim de combater o Partido dos Trabalhadores, para se vingar. Ok. Pode ser um porquê, ainda que espúrio e mesquinho.
Qual seria o meu porquê de eu ser católico romano e até publicamente defender um catolicismo público, aberto, com um projeto de poder, o chamado reinado social de Jesus Cristo promovendo assim a Igreja Católica contra uma oligarquia funesta tipo a Barbalho aqui no meu Estado do Pará, contra os esquerdistas, contra as seitas e grupelhos das falsas religiões falsamente cristãs protestantes, cismáticas autoproclamadas ortodoxas, combatendo os pérfidos judeus, os muçulmanos e os pagãos idólatras? Qual seria o meu porquê se eu sinto uma forte inclinação para o ateísmo, niilismo, agnosticismo e na raiz de tudo isso o satanismo, porque, olha o porquê, eu sou na verdade um terrivelmente homossexual, além de covarde e a covardia é o signo maior de minha vida?
Qual seria o meu porquê de eu arrogar-me católico romano se eu, uma vez, amaldiçoei o próprio Cristo, agi como um bandido Samuel Câmara, eu que estava querendo pecar contra a castidade, queria eu praticar o esporte (homossexualismo) que tanto atormenta-me em tentações e concupiscências? O meu porquê não seria talvez o meu medo de assumir-me o verdadeiro inimigo que sou eu por eu ser homossexual e assim ser o cara filho de Caim, mais ligado ao corpo e ao erotismo do que à alma e à castidade que dariam a verdadeira sabedoria, a qual se usa do corpo muito pouco, os dedos humanos tão mais delicados e hábeis que escrevem um digitam algo de sábio no papel ou na tela do computador por meio dos keyboards?
A verdadeira sabedoria, o verdadeiro entendimento, a ciência perfeita que o autor da carta aos Hebreus diz que o Senhor Jesus Cristo atingiu por sua paixão e fidelidade ao Pai, um entendimento e abundantes argumentos que realmente iluminam dão-me por outro lado um porquê pujante para que eu mantenha-me católico romano e não apostate ao que seriam as razões do corpo, da cobiça, do que é do homem natural, do relativismo, a ciência junto com a vã filosofia, e da idolatria, enfim, que seria no que eu acabaria se eu apostatasse da fé.
Ou será que o meu porquê seria o da covardia, eu que sou um gigantesco covarde fracote, uma besta quadrada, desprezada pelos homens, os homens têm que ter por mim e eles tem o direito de tê-lo no máximo um amor de piedade, um amor a um coitado semelhante a mim, eu que já fui até mesmo desprezado pelos demônios em um pesadelo recente que eu tive. Eu que seria um burrão e eu já ouvi dizer que Satanás quer os inteligentes, ou, melhor dizendo, os astutos, Satanás na verdade é louco e burro, ele quereria os da "manha da aranha" (diz o povão daqui de Belém do Pará no seu jeitinho brasileiro local), do seu lado, deixando os idiotas como O Idiota de Fiódor Dostoiésvki do lado de Deus. Seria, então, eu uma gigantesca barata e rato covarde o porquê de eu ser católico romano publicamente, querendo reintroduzir o catolicismo até mesmo na política em um Estado confessional católico romano?
A questão do porquê é fundamental e eu espero aqui nesta minha postagem, ainda que postumamente a José Ortega y Gasset, eu tenha escrito pelo menos um mero rascunho mal escrito dedicado à ideia dele do porquê ou a alguém que como ele quis sempre saber o por meio de qual complicação, por qual busílis, temor e tremor apavorante que a solidão, ensinou Friedrich Nietzsche em uma de suas Considerações Extemporâneas, faz enxergar ou delirar, o quid, que alguém opta por tal ou tal caminho. Será que na verdade e sempre, no meu caso, o meu porquê não é porque eu sou um homem imensamente de geléia, fraco, sem espinha dorsal, burro como uma porta, para eu me dizer católico e não ateu, agnóstico, ou satanista (no fundo de tudo) homossexual praticante? Eu acho que sim, no entanto, eu asseguraria dizer que eu em minha covardia tão inexorável não tenho cara, seria eu até visto como alguém sensato, de não ousar, pelo menos por enquanto não premido por um tirano ateu (há os tiranos católicos e conservadores que me amedrotam o rato e barata que eu sou), a ser o homem criativo de novos valores querido por Nietzsche.
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