Autoria: João Emiliano Martins Neto
O Partido Nazista no Brasil foi criado no dia 1° de julho de 1928 em Benedito Timbó, Estado de Santa Catarina, cinco anos antes de Adolf Hitler tornar-se chanceler na Alemanha, em 1933. O Landesgruppe Brasilien (grupo do Brasil) foi o primeiro a ser reconhecido pelas lideranças do partido em Munique.
Em 1938, em meio ao Estado Novo de Getúlio Vargas, houve a proibição de agremiações políticas e o Partido Nazista permaneceu clandestino.
Em 1940, indiciamento dos editores do jornal "A Aurora Alemã" pelo Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (DOPS-SP). Houve a prisão de Otto Braun em 1942 que entregou as lideranças do partido.
1945, dissolução do partido com a derrota do Eixo.
1988, o neonazismo tentou se reestruturar no Brasil através do Partido Nacional Socialista Brasileiro (PNSB), fundado por Armando Zanini Teixeira Júnior.
Apesar do nome, nunca foi oficializado na Justiça Eleitoral e teve curta duração. O país vivia a efervescência política pós-ditadura militar. Influenciados pelo nacionalismo de extrema-direita histórico no Brasil e o movimento National Frontal no Reino Unido, o grupo possuía membros skinheads neonazistas e defendia a reabilitação da figura de Hitler perante a sociedade.
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Armando Zanini Teixeira Júnior |
Informações sobre Renato Zanini Teixeira Júnior. Fonte, site Find a Grave:
Armando Zanini Teixeira Júnior, um carioca, nasceu em 1930, foi um antigo oficial da Marinha e ex-militante do Partido Socialista Brasileiro. Fundou em 1985 o Partido Nacional Socialista Brasileiro(PNSB), na qual pesquisas apontam que o partido teria dez mil integrantes por todo Brasil, com células em São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Bahia, Brasília, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
A base
deste nacionalismo era a construção do que seu fundador denominava de
“raça brasileira”, para a qual seriam aceitas pessoas de todas as “raças
e religiões”. O PNSB tentou por várias vezes o seu registro junto ao
Tribunal Superior Eleitoral, a fim de lançar seus candidatos em
eleições, obtendo do TSE rejeição todas as vezes, devido às garantias
constitucionais em repúdio a qualquer forma de apologia ao nazismo.
Ainda que não tenha sido legalmente registrado, o PNSB contava com uma
articulada rede de comunicação de âmbito nacional, militantes em vários
Estados, principalmente no sul e sudeste, porém também em Estados do
nordeste como Sergipe e Bahia.
Zanini divulgava os ideais do
partido por meio de palestras, fanzines, contatos, reuniões, promoção de
eventos, divulgação de panfletos, manifestos e jornais, entre outros.
Entre eles, podemos citar o Desperta Brasil, editado para servir de
porta voz. Criador da "Política Racial" cujo o objetivo é " Construir
a Raça Brasileira, estabilizar o povo, e garantir a sua saúde." segundo
esse documento a raça brasileira esta sendo formada através do convívio
, da adaptação ao meio ambiente e da miscigenação de índios, brancos,
negros e asiáticos, assim como da influência do nosso ambiente cultural.
Segundo Armando Zanine, se um judeu nasceu no Brasil ele, pela lei
brasileira, é brasileiro mas deve decidir se quer pertencer ao povo
judeu deve deixar o Brasil e ir para Israel.
Zanini ainda firmava que: "Hitler é o homem mais injustiçado da história." Em
30 de Agosto de 1994 Zanini disse que estava preparando a fundação de
um novo partido, que traria explícito em seu programa a ressalva de que é
contra o racismo. O partido seria o Partido Nacionalista Revolucionário
Brasileiro.
Zanini acreditava que Enéas, na época candidato para o cargo de presidente, tinha chances de chegar ao Planalto afirmando: "No
momento ele não tem chance, mas se tiver uma zebra, se o plano
fracassar, se o Lula ou Fernando Henrique derem uns deslizes, aí o Enéas
sobe. E pode ganhar." O PRONA dispensou o apoio dos partidários de
Zanini. Um assessor de Enéas, Hélio Codeceira, disse que não existe a
menor chance de uma aproximação partidária entre o Prona e o PNRB.
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