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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Sou apolítico

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Eu sou apolítico, hoje. Não sou nem de direita e nem de esquerda. Quero distância de ambos, em nome da sanidade mental e da boa consciência do que é a política na modernidade que é a esquerda com o materialismo e o ateísmo que lhe caracterizam que é o homem querer ser o demiurgo, o artífice deste mundo nesta terra que compõe um mundo nocivo que é contrário e não crê na eterna verdade e na eterna justiça, por exemplo, que é o que o homem sempre buscou para dar uma resposta interessante e relevante diante das grandes questões acerca de tudo o que é comum ao mundo. Algo como o aborto torna a esquerda inaceitável, porque aborto é genocídio, é a matança em massa e matança em massa dos seres humanos mais inocentes que são os nascituros e em nome das considerações mais paradoxalmente nazistas que são as má formações congênitas, os fetos anencéfalos e por questão de que um bebê pode nascer no berço da pobreza. Sim, é uma questão de pureza filosófica, conforme dizia não levando em conta tal consideração aquele idiota esquerdista Paulo Ghiraldelli Júnior. Sim, é uma questão de pureza filosófica, metafísica, de uma boa reflexão e consciência, de quem não quer dar mais direitos aos animais, pauta defendida pela esquerda, não que se vá defender crueldade contra os animais, no entanto, dar o devido valor à dignidade humana por quem para sua glória e honra Deus não economizou a vida de seu próprio filho unigênito Jesus Cristo. Mas, que não se esqueça o que disse o Santíssimo Padre Francisco ao jornal La Repubblica, "são os comunistas os que pensam como os cristãos", porque, apesar de tudo, é a esquerda que se preocupa com os despossuídos e necessitados, na prática e política é algo prático junto com a ética e a moral, oferecendo saúde e educação públicas e também esporte, cultura e lazer.


Também não sou de direita, porque a direita tende ao racismo nazista supremacista branco ou ao nacionalismo fascista produzindo um ídolo para tudo sacrificar no altar da nação, dizia o Santíssimo Padre Pio XI. O nacionalismo é o que diz a famosa frase que é o último refúgio do canalha. A direita que se é contra o aborto, coisa excelente, e é espiritualista e realista filosófica, crendo na verdade para além de condicionantes históricos e culturais, mas, a direita fecha os olhos para as injustiças sociais em seu individualismo e egoísmo capitalista usurário financeirizado atual ou em uma concepção de religião como mero ópio do povo, o que gera, para ficar só em um exemplo, o desespero de mulheres que podem buscar o aborto como última saída desesperada ou mesmo apelo dos pobres ao crime. A direita que especialmente odeia a nós, doentes mentais e homossexuais, está provado que não nos vê como gente. A direita que odeia a mulher, o mendigo e o pobre, o indígena, o negro, o sem-terra e o sem-teto e o imigrante, pois todos esses na concepção farisaica de direita não podem ser incluídos, lá na ponta, pela graça e misericórdia divinas, pois que a direita dizendo-se tão cristã na verdade é hipócrita.


Enfim, estou fora deste esquema mental político binário de direita e esquerda moderno. Se o povo votasse nulo em massa no mundo todo ou pelo menos nas grandes democracias liberais ocidentais, talvez a política mudasse de paradigma.

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