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sábado, 12 de fevereiro de 2022

O filósofo é um radar

Autoria: João Emiliano Martins Neto


O filósofo é um radar, é um radar do que seja o mais real. O filósofo normalmente por meio da razão, dos sentidos e também da memória deve captar tudo o que seja a coisa, o real, o ser e de alguma forma organizar, dar alguma relação de causa e efeito a tudo o que seja comum ao mundo, vendo por tudo o que é comum ao mundo sob todos os ângulos possíveis e imagináveis. É filosofar ver o comum sob um novo ângulo, a nova perspectiva que o filósofo dá acerca de tudo o que é comum ao mundo como Deus, a ética, a ciência, a arte, a política, a teoria da conhecimento, o homem, os seres ditos inferiores como os animais, a economia, a sociedade e etc.. Pode ser, por sua vez, Filosofia, ver o maior, aprofundando o que já se sabe de ângulos, perspectivas, vistas por outros filósofos do passado.


Eu acrescento aqui que o filósofo religioso, se ele for cristão, ele vê as coisas sob o ângulo do que verdadeiramente transcende o homem, Deus, o ens realissimum, o ser mais real. O filósofo religioso torna-se um radar mais poderoso do que o filósofo laico, sem religião que restringe-se à finitude, à quantidade e à extensão. Comumente por meio do lusco-fusco, do claro e escuro da Fé o homem admite algo como Deus e o filósofo religioso faz o mesmo com o auxílio da Fé que suplementa os sentidos, diz Santo Tomás de Aquino, praestet fides supplementum/sensuum defectui. O filósofo religioso é um radar mais poderoso ainda para algo como Deus. Buscando entender razoavelmente Deus e a Fé como uma abertura do homem para algo que ele não pode exercer um controle humano, em sua finitude e como algo finito, não necessário, contingente, que não é mensurável no qual podem haver erros, autoenganos, a trapaça, a morte. Onde o controle do homem senhor deste mundo, ou as vezes é o diabo tal senhor, com relação a Deus não é possível tal controle, Ele que habita em luz inacessível (1 Timóteo 6, 16). No entanto, Deus que por ser infinitamente maior do que o homem e para sempre mais surpreendente em todas perspectivas sabidas ou por conhecer, é o único digno de Fé e que realmente é Deus uma antiga ideia e sempre nova ao mesmo tempo. Deus, a única ideia comum ao mundo que o tira do comum e do banal. Só Deus é de máximo interesse que o governo do homem, senhor deste mundo, incline-se, então.

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