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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Padre Júlio Lancellotti entre marmitas e o esquecimento do direito de Deus

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Padre Júlio Lancellotti

Ficaram famosas nesta semana as críticas via Twitter da deputada estadual Janaína Paschoal do Estado de São Paulo contra o pároco da Paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca da cidade de São Paulo, o Padre Júlio Lancellotti, porque ele distribui marmitas para os usuários de drogas da chamada Cracolândia da capital paulistana.


Parece ser fato o que disse o lúcido formador de opinião Joel Pinheiro da Fonseca, que seria fato que o que faz o padre é o que fazia Jesus Cristo ou São Francisco de Assis. Eu discordo, e Joel não poderia admitir algo cristão além de marmitas, dar o pão perecível, pois ele é ateu, como o pão multiplicado miraculosamente por Cristo não foi suficiente, pois depois a multidão voltou a procurá-Lo por mais pão perecível e meramente tal pão. O Cristo, então, respondeu-lhe para a multidão trabalhar pelo pão que não perece e que Ele daria à multidão em sua própria carne.


Aí entra o direito de Deus que sendo honrado pelo homem, segue-se que Deus dá-lhe o panis angelorum, o pão dos anjos, o pão do céu que é a sua própria carne e o seu próprio sangue na Eucaristia que é verdadeira comida e bebida, ensinou Jesus, através da reconciliação do homem com o seu Deus por meio da fé e dos sacramentos a começar do batismo e depois normalmente por incidir em pecados atuais pelo sacramento da penitência. É preciso que o padre pregue aos usuários de drogas da Cracolândia que eles larguem o pecado mortal que é o de estarem se drogando e assim destruindo as suas vidas e também eventualmente poderia ministrar-lhes o sacramento da unção dos enfermos.


O panis angelorum é o pão que não perece, mas que dá a vida eterna, pois os hebreus comeram do Maná que veio do céu, entretanto, morreram, o pão que Cristo dá que é a sua carne dá ao homem a vida eterna, desde que o homem busque a reconciliação e que, por exemplo, largue pecados como as drogas ou a homossexualidade que de alguma forma o Padre Júlio esquece-se de lembrar que é pecado ao querer punir, e com razão, a violência terrível e farisaica hipócrita e implacável dos homofóbicos.


Onde está no que faz o Padre Júlio o direito de Deus? Ele abençoa um ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tudo bem, que abençoe a todos, contudo, onde e quando o padre já condenou os erros de um ex-presidente de esquerda com todo o esquecimento do direito de Deus que é o que constitui o ideal de esquerda?


Todo respeito ao Reverendíssimo Padre Júlio, ele é um pai espiritual, é padre, tem uma dignidade excelsa que talvez ele mesmo em seu progressismo não leve mais em conta o dom que recebeu no sacramento da ordem, todavia, até onde eu sei o direito de Deus fica bem esquecido nas atividades do padre.

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