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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

O alcance da radix

Autoria: João Emiliano Martins Neto


A origem psíquica da homossexualidade é desconhecida e assim o reconhece a própria Santa Igreja Católica Apostólica Romana, mas nem por isso pode-se deixar de pelo menos especular, tentar ver no speculum, ao espelho d'alma algo do mundo. Tentar ver o alcance da radix, o alcance da raiz de meu pavor da presença feminina hoje no mundo de forma tão protagonista e exagerada, e atualmente na forma demoníaca daquela mulher insana desgraçada que persegue-me nas igrejas que eu costumo frequentar já que eu mesmo sou homossexual e parece que uma das causas para a homossexualidade é uma mãe com um protagonismo, muito controladora ou ausente (o caso da senhora minha mãe) na educação de um menino.


Há um abismo de trevas, um mistério de trevas, de absurdo, eu não teria dúvida de dizer, já que se trata de uma anormalidade um homem deitar-se com outro homem como se fosse mulher ou uma mulher deitar-se com outra mulher como se fosse homem. Há um abismo de trevas onde a radix, a raiz que deu origem a gente como eu está assentada, não se sabe a origem psíquica da homossexualidade. Eu recordo-me que à primeira vez em que eu estive internado em um hospital psiquiátrico manicômio, no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, havia um internado ali muito enfermo e que passava o dia todo gritando. Diziam, os enfermeiros, que é porque ele era um homossexual que a mãe não permitia-lhe viver conforme a sua paixão por ser muito conservadora, eis, parece uma causa para o mistério da homossexualidade.


O alcance de tal radix, no caso a homossexualidade, é um abismo sem fundo por ser desconhecido, porque, também, por que não pensar que gosta-se do mesmo sexo, porque é simplesmente bom? Há um aspecto de inversão na homossexualidade, ok, algo meio louco, contudo, há na homossexualidade algo de simétrico, ainda que invertido, em relação à homossexualidade, pois o universo de afetividade é o mesmo da normalidade heterossexual e que já inspirou grandes obras artísticas que em nada deixam a dever às dos heterossexuais comuns.


Uma coisa eu posso dizer com Friedrich Nietzsche e talvez também o ateu Benedito Nunes, e um ateu é tão na raiz (radix) revoltado quanto um homossexual praticante, que não é o meu caso, graças a Deus, nós, Nietzsche e eu, e talvez Nunes que foi criado pela mãe e por várias tias em um casarão no começo da Avenida Gentil Bittencourt no bairro de Batista Campos daqui de Belém do Pará, nós deploramos o fato de como homens termos sido criados com um excesso de mulheres, pois o pai de Nietzsche, o pastor luterano Carl Ludwig Nietzsche, e seu irmão haviam morrido e Nietzsche ainda sonhou com eles desaparecendo e eu fui criado por uma mãe que hoje age de forma estúpida comigo, maltratando-me, e ainda tive mais três irmãs, nenhum só irmão homem que poderia ser um parceiro, amigo, sendo que uma delas sempre invejou-me nos brinquedos, por exemplo, que eu ganhava do senhor meu pai e ainda detesta-me até hoje. Mulher é uma desgraça, desde Adão.

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