Autoria: João Emiliano Martins Neto
Martinho Lutero |
Neste nosso tempo de aggiornamento na Santa Igreja Católica pós-Vaticano II e por isso é um tempo de um diálogo mais livre e franco, mais humanístico, também e compreensivo, e, por isso falando em ecumenismo, eu acho muito interessante a intuição original de Martinho Lutero exposta em uma biografia chamada "Martin Lutero" escrita por um escritor francês protestante, o Frantz Funck-Brentano, em que o autor mostra ali um Lutero sinceramente atormentado e angustiado com a questão das boas obras muito exiigidas pelo catolicismo, sobretudo o catolicismo pré-Concílio Vaticano II. Funck-Bretano relata o quanto Lutero ficara impressionado com o testemunho de um contemporâneo seu que era um homem católico romano que movido por um rigor ascético e penitencial restou como só pele e osso, magríssimo, e carregando um pesado saco nas costas.
Eu penso que no final das contas, é a questão da fé em Jesus Cristo como a justiça de Deus comutada por Deus em fé, porque disse São Paulo aos romanos (capítulo 1 e versículo 17) que "Justitia enim Dei eo revelatur EX FIDE IN FIDEM sicut scriptum est justus autem ex fide vivit". É a fé e não em obras, porque a fé não pressupõe o trabalho, a obra, porque disse São Paulo aos romanos (capítulo 4 e versículo 5) que "ei vero qui NON OPERATUR credenti autem in eo qui justificat impium REPUTATUR FIDES ejus ad justitita". Ou seja, esta sabedoria da fé é que seria a sabedoria do cristianismo que o protestantismo pode ter demonstrado na vida concreta sofrida de Lutero e que hoje a Igreja Católica reformada pelo Concílio Vaticano II vê com mais serenidade e boa vontade.
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