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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Sofrimento: sementeira de misericórdia e compaixão

Autoria: João Emiliano Martins Neto


De uns tempos para cá uma pessoa muito perturbada que frequenta paróquias e capelas católicas do centro de minha cidade de Belém do Pará, as mesmas paróquias católicas que eu frequento, e tal pessoa muito perturbada cismou comigo, tomou-me do nada como seu adversário. É uma mulher que eu nunca vi antes, não a conheço, que se não for perturbada mentalmente deve estar confundindo-me com outra pessoa, ou ambas as coisas ela está confundindo-me e é louca ou também é perturbada espiritualmente, porque acha que eu seria um "perdedor macumbeiro", foi o que ela alegou de mim na primeira vez que me viu, que frequento a Igreja Católica e onde me vê ela tira fotografias minha com o celular. Na primeira vez que a vi, isso na Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré do Desterro, ela encontrou-me do lado de fora e insana disse que chamaria a polícia, porque eu a estaria perseguindo.


Há muito tempo eu não a via, mas agora nesta semana eu voltei a encontrá-la. Em uma penúltima vez que a vi ela apareceu na mesma Basílica de Nazaré, viu-me rezando diante do sacrário e xingou-me, eu fui tirar-lhe satisfações e ela começou a gritar no santuário e ameaçando disse que o irmão dela seria policial e que ela teria e tem fotografias minhas. Eu nunca vi antes essa mulher, essa total desconhecida, louca ou possessa ou enganada de pessoa ou as três coisas ao mesmo tempo, não devo nada a ela nem a ninguém, não tenho porque ter medo de policial talvez miliciano bandido como talvez seja o irmão dela da laia dos milicianos aliados de Jair Messias Bolsonaro.


Enfim, apesar de uma tal circunstância como essa angustiosa e conflituosa eu gostaria de dizer aqui que o sofrimento é sementeira de misericórdia e compaixão, porque se essa mulher que cismou comigo for doente mental, eu também sou doente mental, mas eu submeto-me de boa vontade ao tratamento psiquiátrico necessário que certamente a ajudaria se ela for insana, então, tal condição minha de doente faz-me ter mais compreensão, humanidade, misericórdia e compaixão por alguém como ela do que se eu fosse uma pessoa como os fariseus hipócritas perfeitos, acabados e limpinhos.


Eu sei o que é a impaciência, dureza e incompreensão das ditas pessoas normais, comuns e vulgares para com nós, pobres, miseráveis, cegos, nus e desgraçados doentes mentais. Então, eis-me aqui para de forma exímia exercer o meu sacerdócio batismal e como todo sacerdote, diz o autor da carta aos Hebreus, tem compaixão do povo, pois ele mesmo sacerdote é cercado de fraquezas (Hebreus 5, 2). Deus tira de um mal um bem e do mal que eu padeci por minha debilidade mental eu posso ter uma luz, uma ciência e sabedoria diante da desgraça de tal miserável mulher, porque eu mesmo tenho minha desgraça e miséria semelhante à dela.

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