Autoria: João Emiliano Martins Neto
Nos últimos pelo menos dez anos ao que eu saiba a Política, graças ao gênio ao mesmo tempo genuíno e do mal de Olavo de Carvalho, ele que teria apontado uma arma de fogo para as cabeças dos próprios filhos e é chefe de seita que participou de seitas malignas e malucas muçulmanas a vida inteira uma delas chamada Tradição na qual ele foi cúmplice de abortos, mas, ele soube colocar a Política como centro das preocupações existenciais no Brasil, a Política que passava despercebida pela sociedade brasileira como algo banal, porquanto que há tempos dominada por oligarquias de uma hegemonia de esquerda.
A Política poderia ajudar a civilizar o mundo? Qual a relação entre Política e civilização? Bom, um fato é que na época do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso os projetos culturais apoiados por seu governo deveriam primar pela ética e pela cidadania. Um outro fato bem mais longínquo no tempo, porém, não menos importante como matriz de narrativas é que Jesus Cristo, ao contrário da ideia que os judeus faziam de seu Messias, Jesus não disputou o poder político nem com Herodes que tinha uma postura de colaboracionismo com o poder romano e nem quis disputar o poder com Tibério César, o imperador romano de sua época de missão pública. Jesus disse, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (São Mateus 22, 21) e Jesus mandou São Pedro pescar um peixe onde havia em sua boca um estater (São Mateus 17, 24-27) para que um certo imposto fosse pago devido ao funcionamento do Templo.
A Política, então, antes do cristianismo fincar raízes no mundo parecia alheia pelo próprio exemplo que veio do céu, do Alto, o Cristo, a um projeto de reforma íntima do homem que começa em sua alma. Apenas quatro séculos depois com Constantino I Magno é que o cristianismo do subterrâneo conseguiu conquistar à luz do dia o Império e mesmo assim com toda a poeira imperial, consoante o meu entendimento sem dúvida que pagã, que só começaria a ser removida muito mais à frente no século XX por um Papa camponês e humilde que fora São João XXIII. A opressão imposta ao mundo na época pelos outrora perseguidos cristãos e no século IV já como perseguidores apoiados pela política romana supostamente cristianizada com um totalitarismo sem deixar a dever aos tiranos modernos, barbaramente os cristãos mataram uma Hipátia de Alexandria, não que ela por não querer ser cristã já não estivesse morta, morta espiritualmente.
A Política pelo menos a mais à direita em si parece tão alheia a um mundo mais justo, solidário e fraterno, um mundo civilizado com ética e cidadania herdeiro da Revolução Francesa, quando ainda que de forma leiga, o cristianismo já era e é a alma do mundo ocidental. Vimos em apenas três anos de governo Bolsonaro a direita reduzida a pó, a direita que é a força política que chegou ao poder com Jair Messias Bolsonaro, o Bozo genocida e miliciano. Genocida, pois não soube administrar a pandemia ou sindemia de Covid-19, pois que o Bozo dizia para o povo deixar de ser "maricas", pois que até quando tal povo esconderia-se "debaixo da cama" e que era para nós, povo, encararmos "de frente" a temível sindemia que impedia-nos de com uma boa consciência e boa prudência de, pelo menos no ano de 2020, de irmos ali na esquina, pois poderíamos restar contaminados por Covid-19 e na época não havia vacina. Dizia, outrossim, o Bozo como um troglodita que máscara é "coisa de veado".
A Política pode até ter algo a ver com civilização, no entanto, é a política mais à esquerda, pois que a esquerda quer a igualdade, o mundo de irmãos, onde só Deus é Pai e só o Cristo é o Mestre, Rabbi (São Mateus 23, 10, 9), assim queria expressamente Jesus Cristo. A Política à direita eu a vejo claramente como mais para o lado do paganismo em que há uma concepção aristocrática, querida por um homem cruel tipo um Friedrich Nietzsche chafurdado nas trevas dos vícios instintivos, e punitivista sem os direitos humanos, sendo a nova aristocracia moderna os burgueses empregadinhos no final das contas do capital que quer em sua fase derradeira atual a acumulação de dinheiro que gera mais dinheiro sem passar pelas mercadorias, D-M-D, ou a financeirização, bancarização de tudo, o império da agiotagem oligopolizada oficial dos bancos, ou, segundo o meu entendimento, oficiosa dos PIX da vida, FINFTECHs e cibermoedas.
A Política pode ter algo de civilizatória desde que ela avance do mero formalismo liberal democrático para o social democrático ou mesmo socialista e comunista, apesar de socialismo e comunismo hoje ser palavrões, na qual os mais humildes teriam vez e voz, socialismo e comunismo que sejam pelo menos libertários sem as tentações totalitárias do passado que é o que para o mundo moderno ou pós-moderno apontaria a marcha da humanidade até porque cientificamente o capitalismo é indomável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário