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sexta-feira, 12 de maio de 2023

Da astúcia dos sábios e da inocência e obediência dos idiotas

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Hoje de manhã o gaiato do meu patrão brincando disse que as pessoas não iam querer beber da água onde se encontra o gêlo que eu compro para ele e um outro camelô que o cerca, pois que as minhas mãos estariam sujas das partes íntimas dos homens com os quais eu me relacionaria carnalmente.


Foi apenas uma brincadeira da parte do meu patrão. Eu, pelo menos por enquanto, por mercê de Deus, estou inocente do sangue derramado de Jesus Cristo para me perdoar de meu pecado homossexual e de todos os pecados da humanidade por piores que sejam e apesar do grande número em que tenham sido cometidos. Eu respondi, espero que não por puro ardil ou maldade, diante das risadas dos outros ali, que pior do que a homossexualidade, é pior a situação daquele Samuel Câmara puñetero, psicopata, facínora, estelionatário, falso profeta, charlatão, heresiarca protestante, safado, picareta, o qual foi pego junto com dois irmãos marginais dele, Dan e Jonatas do Estado do Amazonas, com a fortuna incalculável de mais de 20 milhões de reais que eles depositaram na conta de um banco chamado Beacon Hill na cidade americana de Nova Iorque. Bandido Câmara que o outro camelô ali e o filho dele sustentam, dão poder ao psicopata tarado e pertencem todos à puñetera, maldita e falsa religião evangélica.


Eu espero não ter dito o que eu disse por puro ardil, astúcia dos sábios segundo este mundo, segundo a carne. Espera-se do católico romano que é o verdadeiro cristão a inocência e obediência dos idiotas. Fiódor Dostoiévski, escritor russo, eu já soube que ele chamou a ninguém menos do que a Jesus Cristo de idiota em seu romance O Idiota. Cristo e por tabela os cristãos são os idiotas, imbecis da inocência e da obediência. Segundo eu consigo interpretar de tal romance que eu ainda não o li e das ideias de Dostoiévski, o verdadeiro cristão tal qual o Cristo não teriam as camadas de sutileza e capacidade de distinguir sutilezas, tons de cinza. Não são os tais sábios carnais deste mundo, os espertalhões, mas, simplesmente obedecem como jumentos, o jumento é o símbolo da obediência nos santos presépios. São as bestas e burros que são. Muito assemelha-se tal atitude à de um grande e glorioso santo a exemplo de São Cristovão que era gigante que transportava por sua altura e força as pessoas de um lado a outro de um rio e ele queria saber quem comandava o mundo e chegou a transportar o usurpador que é Satã, a quem o maldito Samuel Câmara o serve, até um dia transportar o Cristo, finalmente, e a Ele servi-lo obedientemente.


O perfeito idiota, o perfeito católico romano, se Fiódor Dostoiévski acerta em chamar assim ao Cristo e aos  cristãos por consequência, eu acho que é aquele que não mede a sua atitude pela astúcia dos sábios deste mundo que se corrompem. Astúcia à qual não se rege no limite pela verdadeira inteligência que penetra o real, as substâncias, sobretudo pela fé dos simples dados como perfeitos idiotas em sua inocência e obediência. Fé dos considerados débeis mentais, retardados que paradoxalmente para os sábios e doutores, vai tal debilidade à substância das coisas, posto que, por exemplo, no mistério da Eucaristia, a fé penetra na substância do que antes da consagração era só pão e vinho e depois da consagração tornam-se em corpo, sangue, alma e divindade de Cristo. Para os ditos astutos só ali há sempre pão e vinho, segundo os sentidos e a pequena e finita razão humana.

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