Autoria: João Emiliano Martins Neto
A minha concepção de política opõe-se a de Olavo de Carvalho, conforme eu escrevi no artigo passado, no que ele diz de que não buscava um Estado ideal, a ética política, o dever ser, pois ele dizia que isso acabaria em contaminação ideológica, sendo que Carvalho ao ser questionado por um católico que defendia o catolicismo na política, na certa que o reinado social de Jesus Cristo, ele disse ser isso ideologia, aquele discurso meramente pretextual, era assim que Carvalho conceituava ideologia, para encobrir um mero projeto de poder humano. Eu sou contra um tal ser pós-lapsário, o ser atual decaído pela desobediência de Adão e Eva, diante do qual Carvalho em um fatalismo não questionava melhorá-lo. Ser pós-lapsário que pode chegar a mostrar-se monstruoso, o caso dos psicopatas, aliás, tão comuns na política. Eu sou favor de um dever ser cristão no qual este mundo é melhorado através dos sacramentos que o diga o sacramento da ordem da Igreja Católica por meio do qual simples homens passam a agir in persona Christi, quem vê os padres vê o próprio Senhor Jesus Cristo, pertencentes que eles são, junto com Cristo, à ordem sacerdotal do rei Melquisedeque, que é rei e sacerdote, rei de Salém que foi encontro de Abraão (Hebreus 7, 1) , daí ser um erro a regra atual, se eu não me engano que atual, da Igreja que proíbe que os padres romanos sejam políticos, pois a unção deles é régia e sacerdotal, contando com a profética, coisa que nenhum leigo católico dispõe como os padres a dispõem.
Melhorando o mundo, é primoroso o dever ser cristão por meio de um sacramento qual o da ordem, porque é o Cristo mesmo por meio dos sacerdotes que governariam de forma qualificada este mundo desde o Papa o Status Civitatis Vaticanae e outrora os Estados papais. Platão sentir-se-ia realizado com tal governo. Muito mais excelente é o sacramento, mistério da Eucaristia para o melhoramento do mundo. Tal sacramento, antes pelo sacramento da confissão, cura a alma da chaga do pecado original e das chagas dos pecados atuais, em particular o da confissão. Era um péssimo católico, um católico tipicamente brasileiro Olavo de Carvalho, ao ele não buscar um Estado ideal, a sociedade ideal, o dever ser. Este mundo decaído deixado a si só cava abismos cada vez mais fundos para si. A política junto com a ética e a moral que são do âmbito da ação devem prever para si o agir da melhor forma possível baseadas nos princípios, a ação sem princípios, sem as ideias corretas é como um cego andando na rua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário