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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Nós, do lixo

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Eu já vi homossexuais assumidos usando como xingamento o fato de alguém ser homossexual, torcendo o seu sexo ou gênero para o oposto, ainda que na prática sexual tal pessoa comporte-se, realmente, conforme o sexo oposto ou impondo um ideário de gênero durante a cópula e até durante a vida vulgar de relação social sendo afeminado e até de forma grotesca, o inverso ocorre com as lésbicas, que aproxima-se com o sexo oposto, no caso delas, elas se tornam masculizadas. Ou em palavras pobres, dizendo que seu semelhante homossexual se é homem, ele é chamado de mulher ou no caso das lésbicas ela é chamada de ele, homem. Já ouvi um homossexual que já se tornou no passado um reles mendigo e hoje trabalha em uma casa semi-abandonada ali na rua Gama Abreu quase esquina com a travessa Ferreira Cantão, daqui da minha cidade de Belém do Pará, ele atacando-me, porque eu sou gay, ele mesmo, segundo uma testemunha, um gay assumido, ele me perguntando se eu "já deu o cu hoje" quando encontrou-me em uma noitada na praça da República daqui da minha cidade de Belém do Pará, point gay informal daqui da capital do Pará.


Esse sujeito, antigamente, um mendigo, já vi ele trabalhando como taxista e ele já me atacou com uma pedra, pois ele deu uma de garoto de programa uma época na praça da República, e ele xingou-me de "veado" naquela circunstância. Tempos depois estávamos conversando na referida praça, era uma madrugada de Natal, e ele talvez não me reconhecendo mostrou-me o pênis dele. Passados vários anos, acho que uns dez anos, ele esqueceu que eu, hoje, sou o mesmo daquela época, ele mostrou para mim mais uma vez o pênis antes de eu cair em um blackout alcoólico em uma certa outra noitada na praça da República. Esse sujeito é um homossexual, sem dúvida, no entanto, nós, do lixo, do que é considerado o lixo, do meio homossexual e demais LGBT, somos talvez como todo lixo algo autofágico, canibal, antropofágico. Pelo jeito o mal para começo de conversa odeia o próprio mal.


O mal odeia o próprio mal. Na destruição e desordem o mal, parece restar ao próprio mal destruir-se a fim de que talvez menos destruição sobrevenha da desordem, da loucura. Se a homossexualidade é todo esse mal, destruição e desordem temamos e tremamos, nós, homossexuais, se não deixarmos tal prática ou pelo menos se queremos permanecer na prática homossexual que tentemos uma via-média, um compatibilismo vestindo-nos com as vestes de peles (Gênesis 3, 21) que o próprio Deus providenciou a nossos pais, Adão e Eva, e a nós, e cubramos com engenhosidade a nossa nudez, o que está diante de nossos olhos que é a nossa vergonha de quem perdeu a inocência por nosso afastamento de Deus, já talvez de forma incurável desde que o casal primordial foi afastado do Éden. Ou vistamo-nos com as vestes de cultura que remedie a nossa condição como um tapa-buracos, uma certa discrição e gentileza, pode-se ser uma pessoa culta, letrada, tentando viver coletivamente da melhor maneira possível, se não buscamos o remédio de hoje do Tempo da Igreja Católica Apostólica Romana que é o sacramento da confissão para tratarmos tal ferida de malícia com toda a eficácia que tem tal medicamento espiritual e sacramental.


Até o dado presente instante eu ainda aproximo-me dos sacramentos, estou longe por hora do que é chamado de lixo. Estou mais próximo da Igreja Católica não sem inumerabilíssimas quedas. Mas, se ser gay é algo de tão fraco e desprezado que é chamado de lixo e desordem, eu acho que mesmo se eu não fosse homossexual, eu estaria junto de tal tipo de pessoa. Ficar do lado dos poderosos é de uma covardia lamentável. Aliás, o mesmo Senhor Jesus Cristo comia com os pecadores, enquanto os farsantes fariseus achavam ruim (São Mateus 9, 11) tal atitude do Cristo. Fariseus farsantes há em todas as épocas tais quais os de hoje que são heterossexuais que traem a esposa nem que seja com o olhar de cobiça sexual ou mesmo relacionam-se não raramente como passivos com travestis nas caladas das noites. Jesus, o médico incomparável que veio para os doentes e não para os sãos (São Marcos 2, 17) não ficava pregando para convertidos, muito menos para convertidos só na aparência, o caso da elite sacerdotal, relgiosa e política de sua época.

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