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quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Cu de bêbado não tem dono ou a questão do corpo e do puro sexo na homossexualidade

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Pela segunda vez na minha vida eu bebi demais, enchi a cara, dia desses, e tudo indica que eu fiz sexo com alguém no estado de blackout alcoólico, não recordo o que houve. Cu de bêbado não tem dono. Na manhã do dia seguinte eu tive a impressão de que a minha doença hemorroidária tinha voltado, mas talvez, não, eu teria feito sexo anal, teria sido penetrado por alguém desconhecido e não me recordo. Segundo um conhecido meu, ele me viu sair para algum lugar com um catador de latinha, que é um de meus fetiche sexuais, ali na Praça da República daqui da minha cidade de Belém do Pará onde eu costumo beber ali as minhas buchudinhas de catuaba. Tal Praça é um reduto gay informal ou informalíssimo onde a Guarda Municipal sempre aparece para coibir a prática homossexual ali, práticas as vezes criminosas que são os atos libidinosos.


Nós, homossexuais, somos marcados pelo apreço e apego ao corpo, não há como negar. Eu acho que nós somos a favor de um materialismo corporalista inegável e, eu diria, irrefreável. Eu acho que isso ocorre, porque a homossexualidade é marcada pelo puro sexo. Na homossexualidade não há a vinculação com a reprodução, então, o que resta é o puro sexo, ainda que se possa refletir e dizer que o sexo em si deve comportar a abertura à vida, a procriação. Não no sexo homossexual. Então, o que restaria à homossexualidade é o apego ao corpo e ao prazer do coito anal e oral e só. Os heterossexuais podem sossegar que mais cedo ou mais tarde podem engravidar uma mulher, nós, homossexuais, em nosso relacionamento estéril estamos sempre em um puro parque de diversões de belos corpos e do coito o mais bem desempenhado.


A homossexualidade ainda vai me levar para um mau caminho. Eu poderei sofrer uma violência ficando com algum maloqueiro destes como o catador de latinha com que eu teria me relacionado e ele ser um assassino, um assaltante ou até um psicopata. A homossexualidade é algo de muito sui generis, verei nos próximos tempos se a sedução do prazer sexual não me tira toda a capacidade de refletir minimamente os riscos. Rezem por mim, caros leitores.

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