Autoria: João Emiliano Martins Neto
Agora que o aborto poderá ser proibido nos Estados Unidos graças à maioria conservadora na Suprema Corte americana que reviu a decisão, do pouco que eu soube, espúria de quase 50 anos atrás favorável ao aborto que foi o caso Roe vs. Wade, uma primorosa batalha pró-vida foi vencida no mais importante país da face da Terra que é a América.
Eu sou contra o aborto mesmo que em qualquer caso. Penso que ser contra o aborto, sempre, é dar uma grande prova de coragem, generosidade e santidade. Agora, a direita que é tão contra o aborto é a mesma direita que quando a pessoa cresce e se torna um de nós, gay, se torna, eventualmente, um de nós, doentes mentais, ou negro da favela ou índio que vive no meio da mata amazônica onde Jair Bolsonaro fomenta o garimpo ilegal, aí essa direita é contra a gente e quer uma espécie de aborto ex post facto. Quer um, por assim dizer, o aborto da pessoa já nascida e adulta. Gays, doentes mentais, mulheres, negros e índios são os grupos de pessoas mais odidos pela direita Adolf Hitler, porque não servem aos seus fins de seu projeto de poder.
O que fizeram com Klara Castanho, a jovem atriz brasileira, que nem sabia que estava grávida até ser finalmente examinada por um médico, ela começou a passar mal e um médico achou que era uma gastrite, chegando à uma clínica, segundo o que eu li nos sites noticiosos, o médico ali disse-lhe platitudes como de que 50% do DNA dela pertence à criança que ela estava gestando, já quase a ponto dela dar a luz, e que ela deveria amar a criança, amor para o monstro virou obrigação. Será muito triste para o filho ou filha de Castanho viver sem a mãe que o concebeu e o gerou, que a concebeu fruto de um estupro, segundo a atriz que não fez boletim de ocorrência du alegado crime, entretanto, é preciso não só dinheiro, é preciso, também, condições emocionais para cuidar de um outro ser humano e a atriz que foi estuprada alega não ter essa última condição.
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