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terça-feira, 14 de junho de 2022

Eu, vagabundo?

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Eu, vagabundo? Será? Talvez. Para os padrões deste maldito povo brasileiro ultra-conservador, retrógrado, ignorante que não consegue ter uma ideia nova e criativa na cabeça, povo bolsonarista há mais de 500 anos, antes que houvesse Bozo no Planalto, é uma grande ofensa alguém que não trabalhe. É verdade, ainda em que pese o potencial de misericórdia, caridade e justiça social do cristianismo, que São Paulo escreveu que quem não quer trabalhar que não coma (2 Tessalonicenses 3, 10), só que ele nunca imaginou que o povo seria tão escravizado quanto era na época do Império Romano justo na época em que o cristianismo que ele tanto defendeu vigesse como sistema de vida que foi o que ocorreu na Idade Média quando povo vítima de fomes e epidemias como na época da revolta dos camponeses no tempo da Reforma Protestante do século XVI, povo que vivia sustentando reis, nobres e o clero ociosos que o diga a França pré-Revolução Francesa ou a Rússia pré-Revolução Russa onde no chamado Domingo Sangrento o Czar Nicolau II mandou atirar em manifestantes propícios a ele. Brasileiro é um povo, de fato, nascido para ser escravo, escravo do capital, contudo, com uma mentalidade de quem está no feudalismo medieval, povo vassalo do cara da classe média ou alta da vez que estaciona o carro na rua e o pobretão flanelinha conservador, muitas vezes viciado em drogas e que faz sexo com homens e travestis e ainda se diz heterossexual e conservador, chama o cara de "doutor", sem saber se ele pelo menos tem um doutorado. Como formiguinhas este povo está cedo na rua hiperlotando-a rumo ao trabalho.


Talvez eu tenha nascido para ser torto, gauche na vida, mesmo, diria o verso de Carlos Drummond de Andrade. "O chato do querubim/ E decretou que estava predestinado/ A ser errado assim", diriam os versos de Chico Buarque. Ou talvez eu seja mesmo muito burro, já fiz um teste de QI e deu apenas 91 pontos. Ou seja, eu estou no limiar da lerdeza da burrice, ignorância, limítrofe, tenho tudo para ser tão conservador quanto este povo, todavia, eu ainda desconfio de certas posturas conservadoras. Pelo jeito este é mais um texto enfocando premissas da política moderna: direita e esquerda, conservador ou não, mas, é o que temos para o momento em que se vive no Brasil. Louco eu já fui na vida, afetado pelo transtorno bipolar, doença gravíssima, cheguei a trabalhar nas Lojas Americanas aos 19 anos de idade antes de cair na loucura. Loucura talvez também causada, um certo curto-circuito que eu sofro no cérebro, segundo um neurologista, que eu acho que ocorre comigo, porque eu bati a cabeça quando criança ao ponto de ter um calombo na testa até hoje. O estranho em mim é que a questão de entrar no mundo do trabalho nunca afetou-me e afora eu sou homossexual e homossexuais são discriminados no trabalho, certa vez eu fui discriminado em um centro espírita aqui na minha cidade de Belém do Pará enquanto eu fazia um trabalho voluntário ali. Sobretudo são disriminados travestis e transsexuais, pobres deles, que acabam largados à intempérie da prostituição, não que travestis e transsexuais e nós, gays, em geral, não curtamos e muito uma sacanagem, os heteros também curtem e muito.

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