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segunda-feira, 20 de junho de 2022

Bruna Karla, homossexualidade, redução de danos e o mito da caverna

Autoria: João Emiliano Martins Neto




Eu soube neste fim de semana que a cantora gospel Bruna Karla se negou a cantar no casamento homossexual de um amigo alegando questão de consciência por ser evangélica conservadora, logo, contrária ao casamento LGBT. Fora a questão certamente que puramente midiática, o ganho midiático, que estes cantores gospel milionários e famosos tem a ganhar ao se mostrarem conservadores diante das novas correntes de ideias, eu penso que Bruna errou ao dizer um não ao amigo.


Penso que errou, porque ela poderia ter cantado uma bela canção gospel ao seu amigo e aí evangelizado ele para que ele vivesse a sua homossexualidade, ainda que seja algo fora dos princípios do cristianismo protestante conservador, contudo, eu creio que pode haver uma redução de danos mesmo nas piores coisas tal qual é o caso das drogas que podem ser experimentadas com agulhas descartáveis e no consumo de uma maconha de qualidade. A homossexualidade a mesma coisa, pode ser vivida na fidelidade e pouco a pouco à semelhança do escravo liberto do mito da caverna de Platão que a princípio contempla as coisas fora da caverna sendo ofuscado pelo que vê lá fora, pouco a pouco chega ao ponto de contemplar a própria luz que torna tudo o mais visível e que está fora da caverna.


Mas, evangélico é evanjegue, realmente, são burros. Há horas nas redes sociais eu disse para a cantora Bruna, sendo jocoso e irônico com ela, que o problema dela teria a ver com o ânus, ela talvez sofra de hemorroidas, problema que eu mesmo já sofri, então, por isso, ela não goste de nós, gays. Recomendei a ela o uso da pomada Proctyl para socorrê-la. Popularmente se diz que quem tem cu tem medo, talvez ela tenha muito mais medo do pastor bandido dela, já que os grandes e mais importantes pastores evangélicos brasileiros são pelo menos acusados de serem bandidos comuns que o diga os pastores que cobravam propina - a mando do presidente Jair Messias Bolsonaro - em ouro de prefeitos do interior do Brasil para eles conseguirem verbas do Ministério da Educação (MEC) no chamado Bolsolão do MEC, então, ela ataca os mais fracos, ataca a nós, gays. Porque ela não é conservadora? Não é de direita? Quem é assim fica do lado dos mais fortes, da plutocracia e do status quo.


A escalada da maldição protestante no Brasil será a escalada do fanatismo e da total falta de sabedoria e a incapacidade de não se saber contar até 3, dizia Friedruch Nietzsche de quem queira ser cristão.

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