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quinta-feira, 16 de junho de 2022

Corpus Christi 2022, a gratidão e a misericórdia

Autoria: João Emiliano Martins Neto





Hoje é dia de Corpus Christi, solenidade do corpo e sangue do Senhor. Bom, Santo Tomás de Aquino que em um de seus hinos eucarísticos usados na liturgia de hoje que é o mesmo, hoje na sua forma breve, é usado na liturgia In Coena Domini, na quinta-feira santa que é a da instituição da Eucaristia e do lava-pés, diz Tomás em um dos versos que os cães não comerão do corpo de Cristo. Ok, Mestre, mas, até os cães comem das sobras que caem das mesas dos seus donos, diria a mulher siro-fenícia (São Mateus 15, 27) que pediu que Jesus Cristo curasse a sua filha possessa.


Hoje eu assisti à Santa Missa de Corpus Christi 2022 e ainda que sem poder receber fisicamente a Eucaristia, porque eu estava em pecado mortal, contudo, eu recebi a chamada comunhão espiritual, sem talvez aquela carnal e farisaica empáfia de quem pode dirigir-se à fila rumo ao altar para comungar o santo corpo e sangue de Cristo, sempre eu sou o primeiro da fila; dessa vez, eu, humildemente fiquei no meu lugar, ajoelhando, rezando, e pude meditar com gratidão na misericórdia divina e dos homens despertada pelas misérias humanas que impediram-me de fisicamente, hoje, de comungar. O irmão do filho pródigo era um legalista, ativista ingrato que servia o pai, contudo, que o não conhecia como pai, não conhecia a misericórdia do pai (São Lucas 15, 29). Ele era daquela forma que pode ser sutil para os dias de hoje de direita reinante que é ser idólatra e relativista, coisas que não ocorrem só com a esquerda. Eis-me aqui de novo em mais um artigo mencionando categorias da política moderna, direita e esquerda, é isso mesmo é o que na carne e nos ossos eu sinto viver sob o chicote da direita maluca e sempre burra até não mais poder ser burra. A idolatria e o relavitismo à direita é o ativismo, é o legalismo, é o farisaísmo, é o que querer valer-se das obras para gloriar-se, tocar trombeta ao dar esmolas (São Mateus 6, 2), conforme foi lido, ontem, na liturgia da Palavra da Missa da quarta-feira, dia 15 de junho, do tempo comum.


Nós, miseráveis pecadores, cachorrinhos, podemos alegrar-nos, em uma santa glória, nada vã dos hipócritas da direita, de que Deus é bom, é misericordioso, é longânimo, é magnânimo, paciente, é o pai da parábola do filho pródigo (São Lucas 15, 20) é Ele o caminho (São João 14,6), é Jesus Cristo, que vai conosco em toda a distância, caminho que é Ele, distância que dista rumo à sabedoria, longo caminho rumo à sabedoria. Ele que é a mesma sabedoria, rumo à luz e que está de braços abertos tal qual a imagem do Cristo Redentor no Corcovado e aqui no Pará na cidade de Castanhal, quando aproximamo-nos d'Ele, quando caímos em nós mesmos diante do que é verdadeiramente mal que praticamos, está perto quando vamos à Igreja, entramos em seus átrios, ainda que maltrapilhos, desgrenhados, feridos e sujos pelo mal em que jazemos junto com o mundo quando caímos.

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