Autoria: João Emiliano Martins Neto
Michelle Bolsonaro |
Eu achei interessante por ilustrar o mundo mau e sombrio que o protestantismo pinta do que seja o mundo um artigo recente de Hélio Schwartsman na Folha de S.Paulo em que ele identifica bem o significado literal de ética e moral que é costume com o que Michelle Bolsonaro, a primeira-dama, chama de "pessoa honesta, e justa, e fiel, e leal" ao se referir ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, exonerado nesta segunda-feira, após denúncias de que o Ministério da Educação (MEC) transformou-se em sua gestão em uma balcão de negócios para que dois pastores evangélicos, Gilmar Santos e Arílton Moura, até mesmo cobrassem, foi o caso do pastor Gilmar, propina de prefeitos para ceder-lhes verbas federais, a propina exigida era a fortuna de um quilo de ouro.
É o mundo mau, totalmente depravado que é a visão de mundo e antropológica que os protestantes tem é que faz com que talvez muito naturalmente Michelle Bolsonaro veja como a ética e moral, o costume, de seu secto a conduta do ex-ministro Ribeiro, uma conduta "honesta, e justa, e fiel, e leal". É o costume protestante, possivelmente, que todos eles na prática sejam pessoas muito ruins, que o diga o monge louco Martinho Lutero que admitia suas bebedeiras e ociosidades, ao contrário do testemunho dos santos que é o de, sim, se for o caso admiti-las, entretanto, de o de tentar vencer suas más tendências, além de Lutero ter aconselhado ao seu amigo e colaborador Filipe Melâncton que ele pecasse com força, "Peca, peca fortiter sed crede fortius", porque tu vás ser sempre pecador, miserável, mas, terás só a fé, sola fide, que te sustente, explicou bem o padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, que é um extremista de direita e teórico da conspiração que ajudou a que este governo Bolsonaro chegasse ao poder.
De fato, no mundo mau protestante o que há é que este mundo não tem quaisquer qualidades, protestantes não admitem a chamada analogia do ente (Romanos 1, 20). Qualidades de bem, verdade e beleza, é tudo terra arrasada, é um mundo em ruínas e em escombros. O filósofo Hegel, lembra Olavo de Carvalho, outro louco extremista, ao falar dos membros da Escola de Frankfurt, dizia algo que calou fundo nas mentes dos filósofos frankfurtianos de que o mundo é algo assim ao longo de sua história, ruínas. Se não há qualidades, se tudo é mau, se só a fé cega e morta protestante, porque sem obras, há de sustentar o homem, por que não será hábito do protestante ser capaz das maiores maldades e atrocidades?
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