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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

O Concílio Místico Vaticano II: mais carisma menos poder na Santa Madre Igreja Católica

Autoria: João Emiliano Martins Neto


No título desta minha postagem eu chamo o Concílio Ecumênico Vaticano II de o Concílio Místico, porque, de fato, se hoje existem dissidências sedevacantes e tradicionalistas, que talvez sofram de algum problema sexual ou alguma dificuldade excretora, na Santa Madre Igreja Católica que o digam os rad trad liderados e tendo como guru máximo o arcebispo excomungado Dom Marcel Lefebvre, segundo eu já fiquei sabendo, foi graças ao misticismo de tal Santo Sínodo que deu mais carisma e menos poder à Santa Igreja. Que o diga os revoltados sedevacantes e tradicionalistas poderem sagrar bispos e eles o fazem a rodo, bispos ou esposos sem esposa, sem nenhuma igreja, visto que a partir do Vaticano II, segundo eu fiquei sabendo, alguém tornar-se bispo deixou de ser a posse de uma jurisdição de que fala São Pio X em seu Catecismo Maior, mas o ser bispo tornou-se a plenitude do sacramento da ordem.


A Santa Madre Igreja Católica desde o Sacrossanto Concílio Vaticano II tornou-se para a alegria de um Leonardo Boff com seu livro Igreja: carisma e poder, ele o extremo oposto à esquerda de sedevacantes e tradicionalistas, uma Igreja pneumática, mais livre, mística e espiritual, metafísica onde não importa mais o poder e força bruta, meramente humana, livre até mesmo das amarras do Santo Padre o Papa de quem tem um território diocesano ou arquidiocesano neste mundo, ou a degradação em estágio terminal e exploratória dos mais pobres que era o Primeiro Estado da França do Antigo Regime representado pelo clero que não queria pagar justos impostos. Se tal Concílio tivesse ocorrido na época da Revolução Francesa de 1789, talvez o banho de sangue teria sido menor, posto que a Santa Igreja seria mais espiritual ou quase espiritual visto que o que são amarras do Papa na verdade é o Espírito Santo presidindo a Santa Igreja através do Papa, o Papa que é o bispo dos bispos e o padre dos padres. Com um Vaticano II naquele século XVIII haveria um maior entendimento por meio de uma Igreja e um clero mais metafísico e não faria-se questão de perdendo o Céu e a própria alma ganhar o mundo inteiro com padres com muito luxo neste mundo às expensas do sacrifício de seus próprios fiéis franceses.


Os sedevacantes e tradicionalistas, mormente os lefebvristas que odeiam o Vaticano II cerram o galho em que estão sentados, pois sem o Vaticano II seria impossível a no fim de tudo dissidência espiritual e mística ou quase mística e espiritual, porque é sempre bom lembrar da importância de haver um Papa, contudo, para o bem do argumento é o tipo de dissidência metafísica que eles fazem à Igreja de ministrarem os sacramentos sem precisar ter um território segundo o "colosso da materialidade".

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