Autoria: João Emiliano Martins Neto
Humanamente há a opção da morte ou a serenidade em Deus. O que está maduro para morrer, morre, dizia o filósofo ateu Friedrich Nietzsche e há claro a ortotanase, quem está muito doente e não haveria mais nenhum tratamento humano, médico, para mantê-lo vivo a morte é uma saída, é a maturidade para a morte de Nietzsche, sem dúvida, humanamente falando. Quem for religioso como eu rezará por um milagre até o fim, ainda que considere fortemente a ortotanase que a qual que eu saiba não seria um assassinato que é o caso da eutanásia que ainda é um crime no Brasil.
Não a serenidade em Deus e sim até antes o suicidio na antecâmara da apatia foi o que eu pude notar em uns pobres coitados que vendem coisas na frente da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré aqui na minha cidade de Belém do Pará, a capital do Pará. Ontem eu os vi, pelo menos a mulher, sempre apática, com um sujeito vendem bebidas na frente do belo santuário mariano tumultando o livre trânsito de pedestres na calçada da chamada Praça Santuário ou Praça Justo Chermont que fica a frente a Igreja, ambulantes sempre estão atrapalhando no meio da rua lembrando que o comércio, o capital ou pelo menos um mercantilismo, é o novo deus, o deus-dinheiro onipresente nas ruas daqui da capital do Estado do Pará. Eu estava mais adiante fumando, olhando e rezando mentalmente para uma imagem da Virgem Maria que fica no frontal bem a cima da Basílica. Eu parei um pouco para olhá-los e lá estavam aqueles dois quaisquer, pelo menos a tal mulher em apatia e o outro com uma cara um tanto egnimática, talvez ele zombava.
Por que não comete suicídio esta gente que vive esta vida tão dimunuída de vendedores ambulantes curtindo as intempéries climáticas rigorosas equatoriais de Belém já que eles estão diante da única ciência e religião verdadeiras neste mundo que é a Igreja Católica representada pela Basílica e são indiferentes por ignorância ou por maldade? Ignorância deles que eu acho difícil ser invencível em plena megalópole amazônica, eles de cara para a Basílica perante a qual eles labutam, e na era da informação com a internet, o Google, e aqui em Belém tendo o Círio de Nazaré que é uma das maiores festas católicas do mundo que conta com uma multidão nas ruas no segundo domingo de outubro de cada ano?
Humanamente não estão maduros para morrer essas pessoas? Talvez, sim, e se eles não buscarem o "inteiro", a sabedoria na metafísica, na religião católica romana é a morte que eles acharão mais apropriada a eles. Rezemos, nós, católicos, para que eles busquem a serenidade em Deus mesmo que nas provas as mais rudes, ainda que, segundo o Catecismo Romano, ajude bem pouco rezar por quem está em pecado mortal que eu acho que é o caso dessa gente que talvez se entrem na Basílica de Nazaré para urinar no banheiro que há ali e nem aos domingos vão à Missa e se é que pelo menos uma vez ao ano buscam o sacramento da confissão.
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