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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Pray Away e os mendigos do materialismo

Autoria: João Emiliano Martins Neto


(todos os direitos autorais reservados da fotografia)


Eu assisti ao filme Pray Away da Netflix que trata das pessoas que passaram pelas terapias de reversão sexual nas seitas caça-níqueis evangélicas e só pude perceber ali o abuso destas seitas que com técnicas pseudocientíficas e de lavagem cerebral com um falso cristianismo freestyle que é o protestantismo como um todo levam pessoas até mesmo ao suicídio, o que é muito comum na comunidade LGBT, pois a auto-estima de nós, LGBT, vai lá para baixo diante das críticas até intrinsecamente justas e corretas com relação à nossa condição quebrada e desordenada. Mas, as pessoas não se tornam ex-gays, pelo menos não ex-gays no sentido de uma perda dos desejos homossexuais a não ser que ocorra um verdadeiro e grande milagre que deve sempre ser buscado com fé, o que foi o caso da suicida Karol Eller, bolsonarista e evangélica, que recentemente se suicidou deixando o recado que era uma "perdedora", pois que certamente teria tido uma recaída no esporte (homossexualismo) e/ou não conseguira perder os desejos gays invertidos segundo a pressa neoliberal ou hoje anarcocapitalista das seitas bandidas caça-níqueis.


Em Pray Away eu vi o que já tinha visto em mim mesmo homossexual que nós, homossexuais e demais LGBT, nós somos os mendigos do materialismo. Um homem ali, John Paulk, hoje cozinheiro, ele disse querer muito um homem. E em Pray Away e nas vidas de gays ex-ex-gays que desestaram da virtude e da obediência racional à lei natural e ao seguimento de um espiritualismo abundam no filme e mundo afora os casos de mendicância no materialismo o mais tosco que é o dos instintos sexuais, nem um Friedrich Nietzsche talvez com algum pudor oitocentista ostentava desejos sexuais só as comidas que ele degustava em suas viagens. O sexo, o corpo, a pele, a carne, ter um par romântico em uma literatura trovadoresca obessiva é o samba de uma nota só de nós, homossexuais, em a gente fazendo ouvidos moucos ao chamado divino para nós para a castidade, assim diz o atual catecismo da Igreja Católica. 


Não há, segundo Olavo de Carvalho, místicos e santos homossexuais, talvez só os relatados na primeira carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 6 e versículo 11. É bom que nós, homossexuais, se fomos católicos entronizarmos imagens de São Paulo Apóstolo em nossos oratórios de nossas casas com velas sete dias bentas para que ele nos ajude, ele que domou a como sempre selvagem e terrível homossexualidade no caso a dos helenos coríntios. A nosssa ligação ao corpo, às riquezas e bens deste mundo é medonha, que rezemos com fé e devoção o terceiro mistério gozozo. A castidade parece impossível e para piorar estas malditas seitas evangélicas que querem só níqueis, o vil metal, dinheiro e poder para bancar o luxo de um bandido, homossexual nas horas vagas, André Valadão que já comprou uma camiseta básica de mais de quatro mil reais.


É bom lembrarmos, nós, homossexuais tão materialistas que Sócrates em um diálogo com o seu amigo o jovem fogoso Alcibíades que queria fazer sexo com ele, o velho filósofo disse que pelo sexo seu jovem amigo não chegaria à verdade. O corpo por si só, os sentidos, que pela nossa razão de forma a priori e transcendental processa-lhes deles os fenômenos que ele e a natureza em globo emitiriam, conforme queria Immanuel Kant, pode este nosso aparato humano em uma contração do finito com o finito fechado em si e em um abismo a separá-lo do infinito dar-nos a verdade? Se por verdade referimo-nos à coisa em si incognoscível para Kant, então, nem pelo corpo e nem pela nossa razão o mais sofisticada que seja nada de verdade teremos e Sócrates acertou no que disse a Alcibíades.


A Santa Madre Igreja Católica que magnificamente dá ao mundo há mais de 2000 mil anos a Igreja de Cristo como um existente triunfante neste mundo o que é próprio do Reino de Deus, é a Igreja mais simples e sábia pedindo a nós, LGBT, que a gente seja casto. A mera inclinação, aliás, para qualquer pecado por mais grave que seja, não é pecado; sentir não é pecado, o pecado é consentir. Estas seitas evangélicas são um caso de polícia e um problema sanitário pelos males psicológicos que causam, o suicídio da pobre Karol Eller e que o digam os surtos psicóticos de falsas línguas que vemos nos grupelhos pentecostais e neopentecotais, e devem ser fechadas. Estados católicos romanos no Brasil e no mundo todo resolveriam maravilhosamente a questão fechando as portas destas espeluncas protestantes e encerrando em presídios os falsos pastores mais famosos brasileiros que são todos bandidos e sem qualquer exceção junto com os charlatães americanos retratados em Pray Away.

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