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terça-feira, 5 de outubro de 2021

Marxismo ocidental, cristianismo na veia

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Jones Manoel


Acabei de assistir a um vídeo no site YouTube de um marxista comunista old school, o Jones Manoel, onde ele fala do chamado marxismo ocidental, isto é, de países como Brasil, França, Estados Unidos ou Portugal, são muito influenciados pelo cristianismo e a Igreja Católica em contraste com o marxismo dito oriental, sumamente violento e conquistador, de inspiração muçulmana n'África ou de inspiração confunciana na China e em outros países asiáticos como Vietnã e Coreia do Norte.

 

Cuba, aqui na América Latina, adotou o marxismo oriental, por isso, tomaram o poder ao arrepio (concretamente e historicamente o marxismo ocidental nunca tomou o poder em parte alguma no mundo) da verdade, da moral e dos bons costumes e de uma boa consciência cultivada pelo cristianismo onde a derrota é vitória que o diga Jesus Cristo e seus santos cuja glória é abraçar a própria cruz, além de estímulo para continuar-se lutando, os marxistas ocidentais gloriam-se cristãmente nas derrotas, diz Jones, que é o que defende o marxismo ocidental que com cristianismo na veia, apesar de seus teóricos serem ateus, na prática são cristãos e bem cristãos, graças a Deus, por isso o ocidente ainda é um lugar civilizado onde excetuando-se Cuba o marxismo selvagem oriental nunca imperou. Eles bem aprenderam com Jesus Cristo que foi um grande derrotado pelo mundo, Ele até ensinou a dar-se a outra face quando uma delas for esbofeteada. Cristo perdeu para os poderosos de sua época, os, por assim dizer, burguesia, direita, o establisment e Estado romano de sua época, no entanto, no final foi o grande vencedor, historicamente séculos depois com o Império ter se tornado cristão e porque da extrema humilhação e rebaixamento no cristianismo é que a alma humana é paradoxalmente exaltada e a vitória pode ser celebrada e da morte, do martírio, há a semente de novos cristãos, diria Tertuliano de Cartago, renascem as esperanças até mesmo diante do sangue derramado.


Se o marxismo tem algo que brinda a humanidade com grandes e elevadas ideias substancialmente universais, elevadas e para todos os tempos, o marxismo ocidental consegue espelhá-las nas almas de tais marxistas e de quem não faça parte de um secto cego de gente de direita fanática, que é o marxismo da parte oeste do mundo, por isso, a tomada prática do poder simplesmente pelo poder é algo que os marxistas ocidentais nunca quiseram sujar-se e assim nunca quiseram deturpar Karl Marx na opinião deles, mostra Jones Manoel lamentando-se. Bem ao contrário da direita brasileira bolsonarista, atual, que dizendo-se cristã, na prática é ateia, pois além de dar todo o poder a um banco Itaú que na pessoa de seu dono, Roberto Setubal, certamente outros banqueiros pensam o mesmo, diz que o Brasil vai bem mesmo com o brasileiro catando restos de comida, de ossos, para cozinhar na rua, temos o império das fake news, quer dizer o império de se ir contra o oitavo mandamento do Gabinete do Ódio da parte da direita e mais de 600 mil cadáveres de brasileiros mortos pela Covid-19, mortos que diante dos quais o presidente Jair Messias Bolsonaro, de forma nenhum pouco cristã, deu de ombros dizendo que não é coveiro.


Eis, então, o ocidente com o seu marxismo ocidental civilizado e bem cultivado pelas ideias cristãs onde talvez um poder total e tirânico uma certa esquerda selvagem pode não atingir revolucionariamente assim fechando o capô do carro em que se encontra dentro, querendo desarraigar o cristianismo que é na veia de tais marxistas e de cada homem ocidental em algum momento quererá a volta ao poder da esquerda, visto que a direita como o seu liberalismo ou neoliberalismo econômico egoísta e individualista atomizante nada cristão e gregário da acumulação frenética do capital financeirizado, cujo capitalismo é improdutivo, junto com o moralismo farisaico mais boçal nunca contemplará a religião do perdão, da reconciliação, de humildade, da compaixão e da igualdade que é o cristianismo, talvez de algum tipo de socialismo cristão da partilha que é em alguma perspectiva o tipo de sociedade que Jesus Cristo quis para o mundo desde que o homem tenha como sua real vitória, ainda que morrendo violentamente neste mundo por parte de algum algoz agressivo apegado a este mundo de trevas, viver para sempre no reino eterno no Céu, a verdadeira e definitiva pátria, que Cristo prometeu para os seus santos.

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