Autoria: João Emiliano Martins Neto
Tem um tal conhecido meu, o Carlos, que trabalha em uma banca de revistas, a Odinea, que fica na frente do prédio onde eu resido, o São Paulo, na travessa Quintino Bocaiúva, bairro de Nazaré de minha cidade de Belém do Pará, a capital do Estado do Pará, ele é um sujeito um tanto sacaninha, que gosta de tirar uma onda da cara de todos, sobretudo de nós, gays, e a gente que é gay nasceu mesmo para tirarem onda com a nossa cara, para sermos alvo de piada, os piores homens que somos nós, os nada menos do que os invertidos.
Mas, o problema de tanto rir da cara dos outros é o de estarmos à altura de sermos os homens excelentes e superiores que queremos ser e que até de fato somos, o problema é que os nossos pedestais podem ser o princípio da queda que começa com o orgulho, diz o autor sacro bíblico (Provérbios 16, 18). Nós, ali em nossos pedestais de pretensa santidade e glória. Eu percebi ontem que esse seria o caso do tal Carlos, quando eu disse para ele em meio às piadinhas humilhantes dele, e é bom lembrar que uma alma humilde não teme mico algum dizia Olavo de Carvalho, que ele não teria moral de falar mal de nós, veados, se ele não está sendo um fiel católico. É bom lembrar que um fiel ou infiel heterossexual em qualquer circunstância erótico-sexual é sempre superior a um gay ou lésbica praticantes. Ele irritado xingou-me em seguida de veado e admitiu que não costumava receber o sacramento da penitência na Igreja Católica. Ele ponderou de forma bem mesquinha que ele que me dá 50 centavos de real, 1 ou 2 reais, então, diante deste prato de lentinhas, vendida a minha alma ao Diabo (Carlos), eu devo me submeter ás píadinhas dele ou seriam, diria eu, cusparadas dele? Uma alma, um prato de lentilhas por 50 centavos de real, 1 ou 2 reais: Esaú receberia em troca de sua primogenitura e bênção de seu pai Jacó um prato bem pequeno, café pequeno, uma bagatela ainda menor.
Depois de me xingar amargamente de veado o referido Carlos começou a aparentemente a me elogiar, ou o que até na aparência seria, ou seria melhor, lisonjear, o que é até pecado, o pecado de adular. Por assim dizer ele me elogia, acha-me supostamente inteligente, coisa que eu acho que não é o meu caso definitivamente, eu que nunca tive sequer o tino de minimamente, de forma rasteira que qualquer um do zé povinho e ralé o faz que é o de eu desde sempre nunca fui de pelo menos procurar trabalhar para me sustentar, sempre vivi alienado do mundo trabalho, primeiro porque eu estive doente mental gravíssimo durante anos, durante uma boa parte dos melhores anos de minha vida, e depois eu acabei dominado ainda pela alienação, desde o ano de 2013 não mais mental, porém, pela acomodação por eu ser sustentado pelos meus pais e por preguiça e vagabundice.
De ontem para sempre, que eu evite Carlos, através da proteção e fortaleza vindas de Deus, através da intercessão de São Paulo que é o padrinho místico e dá nome ao meu prédio, através da reza no Céu de Santo Antônio Maria Zaccaria, da Virgem Maria, São José e todos os santos e anjos que me ajudem, que eu evite o tal sujeito, apesar dele estar cotidianamente na cara do meu prédio. Não vale a pena eu me aproximar de alguém tal qual este fulano e não poder nem falar de Deus e de sua Santa Igreja Católica, porque senão eu serei injuriado por isso e em troca de um prato de lentinhas de 50 centavos, 1 ou 2 reais que é um dinheirinho, migalha, que ele costumava me dar de esmola, o referido Carlos. Daí vender a minha própria alma, o meu silêncio apavorado, desde que eu omita a ele o preceito religioso, sendo alvo de piadinhas de mau gosto da parte dele que talvez se julgue intimamente tão superior, não que eu enquanto gay e enquanto católico eu possa deixar de concordar que eu mereça até os mais severos castigos, ensina o Papa São Pio X em seu Catecismo, seu eu viver no vício contra a natureza, se eu viver na prática do esporte (homossexualismo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário