Autoria: João Emiliano Martins Neto
Santo Antônio Maria Zaccaria (todos os direitos reservados da imagem) |
Dia destes eu estava rezando como sempre pedindo a intercessão de Santo Antônio Maria Zaccaria, o meu santo de devoção, sobretudo diante dos meus sofrimentos na minha solidão e fraqueza: covardia, homossexualidade e tantas outras circunstâncias, mormente; e eu pensei que um bem-aventurado como Santo Antônio tem a visão marvilhosa dele no Céu que é a visão de Deus. O que há de mais alto, melhor, o Sumo Bem que é Deus; a suma de bem, verdade e beleza que nem olhos humanos viram, nem ouvidos ouviram e nem subiu ao coração de homem algum o que Deus tem preparado aos que O amam, palavras de São Paulo citando o profeta Isaías (1 Coríntios 2, 9. Isaías 64, 4). Deus que é algo muito mais excelente que não pode dar a dominação humana, o artifício humano, sua cienciazinha, vã filosofia, técnica, fruto tudo isso não raro de sua selvagem cobiça, concupiscência, vaidade.
Em meio a este mundo plano, horizontal, de linguagem e signos humanos, sensíveis e compreensíveis ao homem que podem estar no domínio destes que somos nós, homens, que podemos nos tornar senhores terríveis, tiranos neste mundo, queremos compreender no péssimo sentido dessa palavra, queremos o conhecimento como poder, porque o verdadeiro compreender é o estarmos abertos a coisas que eventualmente podem nos escapar. Que mal há não sermos os autossuficientes que nos pretendemos sê-lo se muitos de nós não sabe nem como plantar e cultivar as batatas que comemos? Será tudo para o homem um projeto de poder? Não haveria algo diante do qual não há uma relação apenas de poder e dominação? Qual de nós não deveu se submeter à legítima autoridade paterna, pois um dia fomos crianças indefesas, frágeis e dependentes de tudo de nossos pais que, aliás, por bem quiseram gerar a nós, eles que nos precederam na existência? Existe a fé divina e católica diante da qual devemos nos inclinar e nos inclinar beijando-lhes as mãos de nossos sagrados e divinos pastores que tutelam a nossa fé, confirmam-na a nós e nos iluminam, hoje quase nunca, pois que estamos em tempos de eclipse total da Igreja Católica em crise. Curvar a razão à fé talvez seja a última batalha do demônio contra o homem, visto que a razão humana é não raro de uma dura cerviz, razão que não vê nada acima dela como possível e tiraniza o que está abaixo, as crianças e nós, doentes mentais, então, o homem contrói armas de destruição em massa; constrói ele a bomba atômica.
Em uma tal situação um confessor e bem-aventurado semelhante a Santo Antônio Maria Zaccaria com sua oração incessante diante do maior dos bens que é Deus no Céu, temos desde Judas Macabeu que certamente rezando teve uma visão da comunhão do santos na Igreja Católica, da intercessão dos santos quando um santos profetas do passado, São Jeremias, a ele apareceu dando-lhe uma espada para o combate contra os impuros gentios (2 Macabeus 15, 12-16) e temos hoje nós, católicos romanos, claramente por meio do dogma da comunhão dos santos, pela intercessão dos santos, temos este mundo plano e como que hermeticamente fechado elevado e como que frestas nele são abertas para algo que não seja na raiz o domínio dos revoltados e que deveriam ser servos de Deus, desde o demônio que é um fantoche de si mesmo e que faz de fantoches os demais demônios e aos simples homens que por mais poderosos neste mundo e malignos que sejam não tem ideia do conhecimento e malícia incomensuráveis dos anjos. Pela intercessão dos justos no Céu com a maravilhosa visão deles de Deus no Paraíso e a oração do justo pode muito em seus efeitos (São Tiago 5, 16), diz o autor sacro, a verdadeira sabedoria pode penetrar neste mundo em particular se nos submetermos semelhantemente ao Senhor Jesus Cristo a toda a sorte de penitências, sofrimentos não por vil covardia, mas pelo triunfo do que é a verdade e uma ciência perfeita (Isaías 53, 11), chegará a nós da mesma forma que chegou a Cristo, o nosso cabeça sendo nós o seu corpo, a Igreja.
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