Autoria: João Emiliano Martins Neto
Detalhe de uma escultura tumular do Cemitério Nossa Senhora da Soledade de Belém do Pará (todos os direitos autorais reservados da fotografia) |
Eu que sou católico romano e não, graças a Deus, um herege protestante que se esquece da memória dos falecidos, sobretudo da boa memória dos que foram bons homens neste mundo, eu que sou romano tenho o costume de às segundas-feiras ir ao cemitério Nossa Senhora da Soledade para rezar diante do sagrado cruzeiro em sufrágio das almas. É um cemitério agora reformado de minha cidade de Belém do Pará. A segunda-feira é um dia dedicado na Igreja Católica a se rezar pelas almas que padecem no purgatório e em memória dos demais fiéis defuntos, deve haver uma diferença entre as almas da Igreja padecente no fogo purgativo de além-túmulo e as almas que já estão no Céu só que ainda não foram oficialmente canonizadas pela Igreja. Então, eu sempre rezava ali naquele campo santo citando aquele versículo bíblico que é palavra do próprio Senhor Jesus Cristo que disse que aquele que nele crer, ainda que esteja morto, viverá (São João 11, 25).
Eu acho que eu compreendi tal versículo, visto que eu novamente, de novo e de novo e de novo, a coisa é mais poderosa do que gostar de cereja ou chocolate, eu pequei contra a castidade, este é o pecado que mais condena as almas ao inferno, há inclusive muita idolatria, relativismo e propaganda em roupas, sites, fotografias e filmes em torno dele. E eu em busca de um padre que pudesse ouvir a minha confissão a respeito de tal delito, um dos padres da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, um modernista vulgar não quis me ouvir, na rua fui rezando mentalmente e lembrei-me de tal perícope escriturística de Cristo dizendo que é a ressurreição e a vida e que quem nele cresse ainda que estivesse morto, viveria. Eu acho que eu a compreendi. O Cristo poderia estar falando dos falecidos fisicamente que fiéis a Ele durante a vida, no fim dos tempos quando da Parousia ressuscitarão fisicamente? Talvez. Mas, o Senhor poderia estar se referindo também a quem peca gravemente como eu, quem peca mortalmente e sua alma, não o seu corpo, falece por causa de tal tipo de pecado, porém, se tal pessoa tiver a fé divina e católica romana que é a verdadeira, tal pessoa ressurgirá, é evidente que normalmente precisando receber o sacramento da penitência, deve confessar seus pecados mortais ao padre, a fim de voltar à vida.
Eu acho que eu cheguei à compreensão de um versículo bíblico. De algo ruim, um pecado da mais alta gravidade como o é o pecado contra o sexto mandamento um bem pode vir daí. Perder a fé por causa dos males do mundo pode ser apenas uma prova de impaciência no rumo comum que todo homem digno de nota deve peregrinar no encalço da sabedoria que é filha do tempo como a verdade também o é e ambas inspiram e ditam a escrita da verdadeira história.
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