Autoria: João Emiliano Martins Neto
Eu quero estudar a Filosofia na universidade e acho interessante querer propor ali alguma coisa da filosofia de Olavo de Carvalho como a ideia dele, por exemplo, de conhecimento por intuição e não racional e lógico por silogismos, mas, o que direi quando perguntarem-me na faculdade do que é dito de Olavo de que ele teria apontado uma arma de fogo para as cabeças dos próprios filhos? O que direi do que é dito por Heloísa de Carvalho, a excelente filha mais velha do filósofo, do fato dele estar envolvido com a família de Guilherme Almeida, um seu ex-aluno cujo pai, Cecílio de Almeida seria envolvido em falcatruas nos negócios com governos do Estado do Paraná, por isso Olavo odeia Roberto Requião, ex-governador do Paraná que quis afastar-se de tal empreiteiro? O que direi na sala de aula do fato de Olavo ter fugido do hospital psiquiátrico manicômio e ter se escondido nas matas de Iguape com a família? A esquerda que domina as universidades brasileiras é bem bondosa com nós, doentes mentais, houve até a luta antimanicomial protagonizada por eruditos de esquerda marxista como Nise da Silveira, eu mesmo estive internado duas vezes em manicômios e recebendo alta de ambos saí uma nova pessoa, recomendo isso ao Olavo, mas, Olavo fala mal de nós, doentes mentais, já até discriminou injustamente um aluno dele esquizofrênico, então, o que direi na minha faculdade para defender em tudo isso o Olavo que até mesmo recentemente fugiu como um rato do Brasil pelo Paraguai? Como faço com todo esse peso de maldades beirando a psicopatia para defender a obra filosófica olavista?
Talvez na faculdade eu tenha que acender uma vela para algum anjo, talvez, ou diante de alguma imagem de um anjo representando o meu anjo da guarda e o anjo da guarda do já naquela época futuro falecido, e talvez condenado ao inferno Olavo de Carvalho, para que a virtude, potência e luz angélica possa inspirar-me a encontrar algo de bom no olavismo em meio a tantas camadas da maldade e da psicopatia.
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