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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Descobrindo o amor e crescendo no amor

Autoria: João Emiliano Martins Neto

Catecismo Romano
 

Eu estava lendo no Catecismo Romano, o catecismo fruto do Concílio de Trento do século XVI, que a piedade cristã sempre rezou mesmo que em favor das malditas e desgraçadas almas impenitentes, aquelas que pecam contra o Espírito Santo, isto é, daquelas pessoas que negam para si, loucas que são, a misericórdia divina por não aceitarem o fato sonante de que têm alguma miséria que é digna de que o Coração Sagrado de Deus, às tais seja aplicado a sua mercê. A Bíblia Sagrada pela pena de São João diz para não se rezar por quem peca para a morte, contudo é costume da devoção dos cristãos rezar ainda que por tais pessoas.


Esta semana eu acho que encontrei uma dessas pessoas que pecam para a própria condenação de tal forma que é um pecado sem remissão. Acho que eu encontrei um impenitente, uma pessoa louca, aliás clinicamente louca, um vizinho meu, mas que levando-se em conta que esta pessoa busca tratamento psiquiátrico, contudo, soma-se o fato de ser um mau caráter.

 

Essa pessoa fez-me meditar sobre o amor, como que redescobrir o amor e crescer no amor. O amor tudo suporta, escreveu São Paulo aos coríntios, tudo desculpa, tudo crê e espera; o amor dá a outra face quando a primeira é batida e outras generosidades ao máximo típicas da mentalidade cristã filantrópica. O problema são os impenitentes que desprezam o amor e a misericórdia divina e dos homens. Eu creio que com exceção dos mais santos dos santos, muitos de nós já fomos impenitentes, pecamos para a morte, certamente eu sou um dos maiores desses tais, senão o maior, que desgraçadamente repetidamente já pequei para a morte, todavia, Deus recebeu-me de volta e os homens pios ou pelo menos com alguma boa vontade suportaram-me e rezaram por mim sem ter nenhuma obrigação revelada na Bíblia para isso.



Certamente um grande impenitente,
mesmo que de forma horrorosa, no final despreze o perdão e a misericórdia divina e dos homens, saberá que poderia amar muito a Deus e aos homens, pois foi muito perdoado, amado. Sempre lembrar-se-á da piedade comum cristã que por ele intercede, reza. Certamente amando mais aos homens que como ele ou até mais do que ele pecaram para a morte. Ele e todos nós que já fomos impenitentes descobriremos um fruto maduro de amor a Deus e aos homens, um fruto maduro, isto é, de quem poderia crescer formidavelmente no amor, entretanto, estaremos perdidos se algum de nós que formos impenitentes, em especial no último suspiro de vida, desafortunadamente jogarmos tal fruto fora. Mas, que por Deus, uma desgraça como essa não nos ocorra ao sermos tomados de assalto por uma morte repentina.

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