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Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Sobre Deus, deuses e a busca do conhecimento


Decerto que Deus ou os deuses não rebaixariam-se às mesquinharias humanas por meio da fraqueza ao engano e à mentira, seja por fraqueza, mesmo, seja porque não gostariam de pregar uma peça à maioria dos homens que seguem algum princípio de ordem como o da defesa da vida, da propriedade, da família e do mínimo pudor moral, sentimento de honra como no confiança na própria palavra empenhada. Deus ou deuses como tudo o que costuma mandar querem a ordem e a segurança, a menos que sejam loucos e feitos à imagem do homem, como aliás ocorria no panteão grego. Deus ou os deuses é próprio deles a misericórdia, como diz Santo Tomás de Aquino sobre o Deus único hebreu-cristão, mas como este meu post é mais filosófico e de uma filosofia de tipo aberta, uma idéia aberta, então, pretendo aqui alargar a noção de divindade para uma ou várias. Claro que é próprio para o que quer que se entenda por deidade que a mesma seja misericordiosa, porque é a deidade, meu Deus! O poder das divindades é descomunal, é colossal, é incomensuravelmente maior que o poder do mais poderoso dos homens, eis a noção clássica presente em todas as religiões. Por isso, é próprio de Deus e dos deuses compadecerem-se e serem graciosos com os homens que os servem de boa vontade. Diante da excelência dos deuses, sobretudo o severo Deus hebreu-cristão, que é o que eu melhor O conheço, não caberia a quem tem saúde, capacidade e meios, evadir-se da ciência, evadir-se do conhecimento, como no uso Filosofia, também, para o saber, é bom lembrar saber por excelência como é o caso do filosófico. Todos os meios para o entendimento de Deus ou dos deuses e da criação, e menciono criação, evidentemente, no sentido judeu-cristão, são válidos todos os meios de conhecimento de tudo de Deus ou dos deuses como das criaturas ou de todo o resto muitíssimo abaixo das divindades.

O pobre homem pode por franqueza ou negligência optar pelas trevas da ignorância ou se é um pobre homem analfabeto perdido em algum rincão do mundo ou se é algum selvagem ou um doente mental absolutamente irremediável estaria desculpado, sem dúvida, mas a imensa maioria deve buscar o saber, deve ser o máximo que possa um homem, isto é, filósofo, com toda a força e convicção; deve ao menos flertar com a Filosofia nas horas vagas e se for um vocacionado para a Filosofia, pois não pode ser e fazer outra coisa da vida, como diz José Ortega y Gasset e Olavo de Carvalho, tal homem, nesse último caso, deve ser um crassus philosophus, tal homem deve ser um puro filósofo, alguém que busca até mesmo obsessivamente e agressivamente o esclarecimento, alguém que deve fazer aquele movimento misterioso que se passa n'alma humana que é o do esclarecimento, tateando e caminhando, ainda que no escuro, a contemplar os astros e rumo à luz no fim do túnel que são, respectivamente, mestres menores filosóficos e científicos seus, sendo a luz no fim do túnel os ou o mestre maior de um filosofante que busca entender todos os entes, o ser dos mesmos, sobretudo o ser do ente por excelência que é Deus ou os deuses, mas que eu como monoteísta que sou, julgo ser uma só deidade, porque é certo que tudo o que existe precisaria de unidade vistas para ser, tanto quanto um só homem pode compreender, agir e executar algum plano, ainda que compartilhado com outrem, sendo um só e não vários, pois que seria algo monstruoso, um ser, um homem com várias cabeças divergentes, algo doido, logo, inviável.

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