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quarta-feira, 10 de julho de 2019

Em defesa da transubstanciação

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Uma reflexão minha sobre a transubstanciação como a garantia de que concretamente a obra salvadora de Cristo não pertence somente ao passado ou a fiéis muito santos e adiantados em mística para apreendê-la hoje, mas ao alcance do fiel mais humilde e simples.




A transubstanciação que é a mudança de substância no catolicismo das espécies do pão e do vinho no instante da consagração de tais espécies durante a Missa por um sacerdote romano ordenado em que pão e vinho tornam-se verdadeiramente, realmente, em corpo, sangue, alma e divindade de Jesus Cristo, tornam-se em Deus, eu defenderia tal ideia de transubstanciação a escrever aqui que caso a Eucaristia que é o sacramento em que tal milagre ocorre, caso a Eucaristia seja somente um simbolismo ou uma representação, então, Cristo mentiu na última ceia ao dizer que aquele pão e aquele vinho às mãos do Redentor eram, de fato, Seu corpo e sangue.

Para não ser aqui muito cabeça dura, incompreensivo e impenetrável ao querer impor Bíblia no que diz a perícope da última ceia, eu te digo, meu caro leitor, se não há a transubstanciação, logo, Cristo Jesus é um personagem do passado como um simples filósofo, homem bom, poeta ou profeta. Por que? Porque na Ceia católica, diferentemente da ceia protestante, Cristo, Deus, verdadeiramente ali naquela simples aparência de pão e vinho, meros acidentes, Cristo em substância apto a ser comido pelos fiéis sacramentalmente, em memória lembra que Cristo é alimento e remédio para o fiel ferido pelo pecado como no instante do martírio do Calvário o Cristo em sua morte alimentou, de fato, verdadeiramente Deus, também pensou as feridas e curou as feridas como o bom samaritano a todo o pecador que de tal sacramento de Deus se aproxima.

Há uma aproximação física, por força do sacramento, de Deus ao homem, o que seria mística para grandes santos, há uma aproximação bem concreta de Deus ao Seu fiel como diz Cristo mesmo na última ceia e como no discurso do pão da vida, o Cristo no capítulo seis do evangelho segundo são João, Cristo oferece, de fato, a Sua carne e o Seu sangue para serem comidos e bebidos, porque Cristo ofereceu-se de forma cruenta no martírio da cruz e porque no discurso do pão da vida e na última ceia o sacrifício de Cristo se atualizaria sacramentalmente a cada Missa celebrada. Cristo pensou em tudo para aproximar o homem de Si por mais simples que seja tal homem e como se ao precisar alimentar-se de um animal se no-lo faz matando-o, Cristo deixou-se imolar de uma vez por todas na cruz fincada no monte da Caveira e sacramentalmente tal sacrifício é sem derramamento de sangue oferecido na Missa, hoje, tornando o que fez um homem como Jesus que viveu há mais de dois milênios passados, tornando-O bem presente atualmente .

Uma mera representação ou simbolismo que fosse da Eucaristia e Cristo Jesus seria um personagem do passado ou o Seu gesto salfívico de morte por nós, os seus irmãos, seria capaz de ser apreendido por raros fiéis muito santos e místicos, mas que através da transubstanciação o homem comum fiel pode concretamente tomar posse no pão que é alimento e no vinho que dá alegria e coragem, como ocorre quando ordinariamente se come e bebe de tais coisas como refeição, é Deus mesmo quem é tal concretude palpável nas mãos, na língua, na boca e no paladar do fiel o mais humilde que seja a transfigurar a nossa natureza decaída ao curá-la, alimentá-la e convertê-la em natureza divina e parte da natureza divina ao divinizar o homem, que é teósis que ocorre ao que perseverar como ramo da videira verdadeira que é Cristo por Sua santa Igreja católica apostólica romana. Amém. 

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