Temo que o senhor meu pai termine os seus dias neste mundo como um louco, como um perfeito idiota. Tentando entender a lógica ilógica dele de não permitir-me qualquer reação ao relacionamento conflituoso com a senhora minha mãe que é uma pessoa terrível: muito exigente e perfeccionista e que sempre criou um partidarismo em casa antepondo a maioria dos filhos dela que são mulheres contra eu o seu único filho homem,
o que rendeu-me, ao meu ver, uma doença mental tal qual o transtorno bipolar e a homossexualidade, eu julgo que ele assim o age, tertium non datur, porque como eu não trabalho, quase nunca trabalhei na vida e nem pude continuar os estudos, porque fiquei refém durante uma vida inteira de uma doença incapacitante como o transtorno bipolar, então, como ele dá-me tudo, até mesmo os cigarros que eu fumo, ele que, segundo um psicólogo, é uma pessoa que gosta de comprar as almas das pessoas, então, para o senhor meu pai eu não teria dignidade alguma, seria mais uma pessoa de alma vendida, seria mais uma alma débil vendida aos seus presentinhos. Eis o que seria a lógica ilógica de meu pai, a quem eu amo e já chorei em sonho quando do dia de sua morte, ou seria puro ilogismo, isto é, loucura, já que ele nega tal interpretação minha de que eu seria um indigno bode expiatório dele?
Meu pai é um vampiro e não sabe ou é um vampiro consciente? Se meu pai não estiver louco, a lógica dele ainda é ilógica, é louca, mas há um cálculo aí, se ele estiver louco, logo, é ilogismo puro.
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