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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Nietzsche e as mulheres


Por Orlando Braga
 
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Eu penso que um homem que não aprecie a Mulher não pode ser grande “pistola”. Em “Assim falava Zaratustra”, Nietzsche escreve que as mulheres são incapazes de amizade: “são como gatas, aves, ou quando muito, vacas”. Os fundadores do Partido Nazi, sendo praticamente todos gays, levaram o conceito de Nietzsche sobre as mulheres muito a sério.
Por esta e por outras, é que temos que aturar hoje as feministas. Nietzsche deveria ser autorizado a reencarnar e ser obrigado a levar com as feministas todos os dias da sua nova vida, e à porta da sua casa. A sua tortura cármica deveria ser a obrigação de frequentar, como bom ouvinte e de boca calada, as tertúlias feministas da Maria Teresa Horta. Não há direito que um tipo escreva coisas destas, escape à punição da maria-vitória e deixe para os machos vindouros o fardo de passar pela redenção de uma filosofia de que não são responsáveis.


“O homem será preparado para a guerra e a mulher para passatempo do guerreiro. O mais é loucura.”
— Nietzsche
Quem lê Nietzsche, pensa que o tipo é um maganão e que “está a reinar com a gente”. Se a guerra de auto-defesa é, por vezes, necessária, Nietzsche acaba com as padeiras de Aljubarrota. Não existe nenhuma nova e potencial padeira de Aljubarrota que subscreva esta frase de Nietzsche, e portanto, estamos condenados a “levar no corpo” sem nos defendermos.
Assim como o Volkswagen “carocha” foi a vingança de Hitler [porque fez milhões de vítimas em acidentes de automóvel, devido à sua instabilidade], o feminismo politicamente correcto é a vingança de Nietzsche. Pelo simples facto de um país se organizar para uma guerra de auto-defesa, temos as feministas todas a recordar-nos os conceitos Nietzscheanos de “homem guerreiro” e da “mulher passatempo”, e a manifestarem-se nas ruas e nos Mídia. Este é o paradoxo histórico de Nietzsche: do seu anti-cristianismo, herdamos a “dádiva da outra face”. Estamos condenados a ser invadidos e agredidos, e dar ainda a outra face, em memória de Nietzsche. Eis como uma espécie de anticristo se transforma, involuntariamente e por vontade da Providência, numa referência apostolar.


“Vais ter com uma mulher? Não te esqueças do chicote.”
— Nietzsche
Não tenho a certeza de que tipo de “chicote” Nietzsche se referia, mas a julgar pelo juízo, não me parece que seja aquele em que estou a pensar – até porque há coisas que não esquecemos em qualquer lugar, mesmo quando, infelizmente, não nos lembramos delas.
Dignos de celebração de Nietzsche são o sado-masoquismo gay e o movimento cultural das lésbicas que substituiu o “chicote” pelo vibrador; deveriam colocar Nietzsche num pedestal, arranjar um retrato na parede, e celebrar o dia do seu nascimento como um novo Natal.


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“As mulheres têm muito de que envergonhar-se; há na mulher muito pedantismo, superficialidade, primarismo escolar, vaidadezinha, desmesura e indiscrição oculta…que tem sido restringida e dominada por medo do homem.”

– Nietzsche (“Para lá do Bem e do Mal”)
Nietzsche não era pedante – era lá agora! Desmesura?! Nem vestígios! O “primarismo escolar” não existe nos homens, e quem o afirma é blasfemo! Já viram algum homem analfabeto? A julgar por Nietzsche, o homem é “iletrado”, e as mulheres são “analfabetas”. Conceitos diferentes. Foi por causa do “primarismo escolar” feminino no tempo de Nietzsche que surgiram as sufragistas e aturamos hoje a Germaine Greer e frases como “um em cada dois homens é uma mulher”. Ah, desgraça…!

“Gostar de mulheres inteligentes é prazer de pederasta” (Charles Baudelaire); Nietzsche descobriu o pederasta que existia nele. Vejam bem: as mulheres burras exigem de um homem muito mais imaginação – a imaginação que Nietzsche não tinha. Apreciar uma mulher burra é um desafio para um homem inteligente, e só uma mulher inteligente pode “domesticar” um homem burro. Nietzsche não tinha a mínima noção de Yin e Yang, da atracção dos contrários. Pudera…esteve sempre no “contra”…
“A mulher deve ser considerada como propriedade do homem, como fazem os orientais”
– Nietzsche (“Para lá do Bem e do Mal”)
Das duas, uma: ou Nietzsche tinha problemas de impotência sexual, ou foi cornudo toda a vida. Esta frase é um desabafo de um cornudo magistral e endémico, mas também pode ser um grito de um impotente mal-amado. 

Contudo, excluamos a hipótese de condição de cornudo, porque sabemos que Nietzsche, de mulheres, conhecia pouco ou nada, à excepção da sua irmã (feia e inteligente, a exteriorização do pederasta), com quem – diziam as más-línguas – teve uma relação incestuosa.

Em consequência de estereótipos Nietzscheanos deste género, passamos a confundir o “machismo” com “marialvismo”. O macho não defende a ideia de que a mulher deva ser propriedade do homem – pelo contrário, a apropriação da mulher pelo homem coloca dificuldades acrescidas a um macho que se preze. A noção de mulher como propriedade do homem é eminentemente marialva, e um marialva é um gay que não “saiu do armário”. 


Enfim, sou de opinião que a história da filosofia moderna está mal contada. Se o desconstrucionismo “inventado” por Nietzsche servisse para alguma coisa, deveria ser para desconstruir o próprio Nietzsche. 

Sobre Nietzsche ler: “O profeta do anticristo”

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